Ontem a Vivian e eu assistimos “Deus não está morto” na Netflix. Gostamos do filme. Já tinha ouvido falar bastante sobre ele, mas não tinha interesse real de ver. Enquanto aguardávamos o início do UFC 190 (como bons alunos de Muay Thai) resolvemos assistir o filme.
E eu gostei. Na verdade, gostei mais do que achei que iria gostar. A ideia de ir contra um professor na sala de aula não me agrada porque quem tem o microfone (ou a autoridade final na sala) sempre vence, mas foi muito bom.
Eu gostei do filme por dois motivos.
O primeiro, por mostrar que os nossos jovens estão sendo assaltados intelectualmente nas universidades. É muito comum um jovem que passou a vida inteira na igreja se desviar quando chega à faculdade. Por quê? Porque ele nunca foi treinado e preparado para esse momento. Durante a maior parte de sua vida ele esteve sob a proteção da igreja, dos pais, em um ambiente controlado e de poucos desafios. Muitas perguntas nunca foram feitas (como por exemplo, se Deus existe, por que existe tanto mal no mundo?) e mesmo as que foram feitas nunca foram realmente respondidas. Quando esse jovem chega à faculdade suas convicções são testadas até o limite e muitas vezes esse limite é pequeno. “Pai, mãe, eu não acredito mais que Deus existe.” Isso é mais comum do que a gente imagina.
Por isso eu sou a favor de treinarmos os nossos jovens para prepara-los para esses momentos. Não apenas ensiná-los, mas treiná-los como fazemos no Muay Thai. O professor ensina um golpe ai você vai lá e faz. Depois você vai fazer esse golpe combinado com outros. Depois vai fazer contra um aluno mais graduado que você para pegar agilidade, força e coloca-lo em uma situação mais próxima possível da realidade. É assim que eu encaro o treinamento em apologética de nossos jovens. Mas estamos longe disso.
O segundo motivo que eu gostei do filme é que o aluno que defende a existência de Deus usou os três argumentos clássicos de um curso de apologética: o argumento cosmológico, o argumento teleológico e o argumentomoral (clique nos links para ver o Dr. William Lane Craig explicando rapidamente cada um). Apesar de só tocar superficialmente cada argumento, foi bem legal vê-los em um filme. Foi mais legal ainda ver uma citação de John Lennox destruindo um argumento bem fraquinho de Stephen Hawking. E ele ainda fecha com um pouquinho de apologética pressuposicional, quando faz o professor admitir que ele odeia aquilo que diz não existir. É como eu falo sempre, o lema do ateu é “Deus não existe e eu O odeio”.
Se você não assistiu ao filme, recomendo que o faça.

Você está pronto para defender sua fé? E se fosse você na sala de aula? E se fosse seu filho? Seus jovens do grupo da igreja? O que vamos fazer? Vamos deixa-los à mercê dos assaltos intelectuais ou vamos treiná-los para apresentar o cristianismo verdadeiro também no ambiente universitário? Essa é uma luta que não podemos abandonar.