Evidência dos manuscritos para o Novo Testamento
Existem mais de 24 mil cópias manuscritas parciais e completas do Novo Testamento. Essas cópias são muito antigas e estão disponíveis para inspeção. Existem também mais 86 mil citações dos antigos pais da igreja e milhares de Lecionários (livros de culto da igreja que contêm citações das Escrituras usadas nos primeiros séculos do cristianismo).
No final das contas: o Novo Testamento tem uma quantidade esmagadora de evidências que apoiam a fidedignidade da Bíblia. As variações nos manuscritos do Novo Testamento são mínimas
Nas milhares de cópias manuscritas que temos do Novo Testamento, os estudiosos descobriram que existe algo em torno de 150 mil “variações”. Isso parece como um valor absurdo para a mente pouco informada. Mas para aquele que estudam o assunto, os números não são tão condenatórios quanto pareciam no começo. Na verdade, uma boa olhada para as evidências mostra que os manuscritos do Novo Testamento são incrivelmente precisos e confiáveis. Para começar, precisamos enfatizar que de todas as 150 mil variações, 99% possuem virtualmente nenhuma significância. Muitas dessas variações simplesmente envolvem uma letra faltando em uma palavra; algumas envolvem reverter a ordem de duas palavras (como “Cristo Jesus” e “Jesus Cristo”); algumas envolvem a falta de uma ou mais palavras insignificantes.
De verdade, quando todos os fatos são colocados na mesa, apenas 50 das variações possuem alguma significância real – e mesmo assim, nenhuma doutrina da fé cristã ou qualquer mandamento moral é afetado por elas. Mais de noventa e nove por cento dos casos o texto original pode ser reconstruído com segurança. Mesmo nos poucos casos onde alguma perplexidade se mantém isso ainda assim não altera o significado das Escrituras ao ponto de manchar um princípio da fé ou um mandamento para a vida.
Portanto, na Bíblia como a temos (e como foi transmitida para nós através de uma tradução fiel), para todos os efeitos práticos, é a verdadeira Palavra de Deus, enquanto os manuscritos transmitem para nós a completa verdade vital dos originais.
Pela prática da ciência da crítica textual – comparando todos os manuscritos disponíveis um com o outro – podemos ter segurança em relação ao que o documento original deve ter dito.
Vamos supor que tenhamos cinco cópias manuscritas do documento original que não mais existe. Cada uma das cópias manuscritas é diferente. Nosso objetivo é comparar as cópias manuscritas e determinar o que o original provavelmente dizia. Aqui estão as cinco cópias:
  • Manuscrito #1: Jesus Cristo é o Salvador de todo o mund.
  • Manuscrito #2: Cristo Jesus é o Salvador de todo o mundo.
  • Manuscrito #3: Jesus Cristo é o Salvador de todo o mundo.
  • Manuscrito #4: Jesus Cristo é Salvador de tod o mundo.
  • Manuscrito #5: Jesus Cristo é o Salvador de todo o mndo.

Você conseguiria, pela comparação das cópias manuscritas, determinar o que o documento original dizia com um alto grau de confiança que você está certo? É claro que sim.
Essa ilustração pode ser extremamente simplista, mas a grande maioria das 150 mil variações são resolvidas pelo método acima.
Comparando os vários manuscritos, os quais possuem diferenças bem pequenas como a mostrada acima, se torna bastante claro o que o texto original provavelmente dizia. A maioria das variações nos manuscritos se referem à ortografia, ordem das palavras, tempos verbais e coisas do tipo; nenhuma doutrina é afetada por elas de maneira alguma.
Também devemos enfatizar que o volume de manuscritos que temos, em muito estreita a margem de dúvida sobre o que os documentos bíblicos originais diziam. Se o número de manuscritos aumenta o número de erro dos escribas, também aumenta proporcionalmente os meios para se corrigir esses erros, para que a margem de dúvida deixada pelo processo de recuperação das palavras originais não é grande como se temia; na verdade, é incrivelmente pequena.

O Novo Testamento Versus Outros Livros Antigos
Quando comparamos a quantidade de manuscritos bíblicos com os manuscritos dos antigos documentos e livros, se torna fortemente claro que nenhuma outra peça literária da antiguidade pode se comparar com a Bíblia. A evidência manuscrita em favor da Bíblia não possui paralelos! Existem mais cópias de manuscritos do Novo Testamento com grande fidelidade e datação antiga do que de qualquer outro clássico secular da antiguidade.
Rene Pache acrescenta, "os livros históricos antigos da antiguidade possui uma documentação infinitamente menos sólida."
Dr. Benjamin Warfield conclui, "se comparamos o presente estado do texto do Novo Testamento com qualquer outra obra da antiguidade, nós devemos... declará-lo maravilhosamente exato."
Norman Geisler faz várias observações chaves para nossa consideração:
Nenhum outro livro está nem perto como segundo lugar com a Bíblia tanto em número quanto em datação antiga das cópias. A média das obras seculares da antiguidade sobrevive apenas em um punhado  de manuscritos; o Novo Testamento ostenta vários.
A lacuna média entre a composição original e a cópia mais antiga é de mais de mil anos para outros livros. O Novo Testamento, no entanto, tem um fragmento de apenas uma geração da composição original, livros inteiros em cem anos da data do autógrafo (manuscritos original), a maioria do Novo Testamento está dentro de 250 anos da data que foi completado. O grau de exatidão das cópias é maior no Novo Testamento do que de outros livros que podem ser comparados. Muitos livros não sobrevivem com cópias manuscritas suficientes que tornariam a comparação possível.
A partir dessa evidência dos manuscritos, fica claro que os escritos do Novo Testamento são superiores quando comparados com outros escritos antigos. "Os registros do Novo Testamento são vastamente mais abundantes, claramente mais antigos e consideravelmente mais precisos em seus textos."
Evidência para o Novo Testamento dos Pais da Igreja
Como dito no início desse texto, em adição aos milhares de manuscritos do Novo Testamento, existem mais de 86 mil citações do Novo Testamento nos antigos Pais da Igreja. Existe também citações do Novo Testamento em antigos Lecionários (livros de adoração) da igreja. Existem tantas citações dos Pais da Igreja que mesmo que não tivéssemos uma única cópia da Bíblia, os eruditos poderiam reconstruir todos os versículos do Novo Testamento, exceto por 11, com material escrito entre 150 e 200 anos do tempo de Cristo.

Evidência Manuscrita para o Velho Testamento
Os Manuscritos do Mar Morto provam a precisão da transmissão da Bíblia.
De fato, nestes rolos descobertos em 1947, temos manuscritos do Velho Testamento que foram datados em cerca de mil anos antes (150 A.C) que a cópia mais antiga do Velho Testamento que possuíamos na época (que datava de 900 D.C). A coisa realmente significativa é que quando comparamos os dois grupos de textos manuscritos, fica claro que eles são essencialmente o mesmo, com pouquíssimas alterações. O fato de manuscritos separados por mil anos são essencialmente o mesmo indica que incrível fidelidade da transmissão manuscritas do Velho Testamento.
Uma cópia inteira do livro de Isaías foi descoberta em Qumran.
Mesmo as duas cópias do livro de Isaías que foram descobertas na caverna 1 em Qumran próximo do Mar Morto em 1947 serem mil anos mais antigas que o manuscritos anteriormente conhecido, elas se provaram serem idênticas palavra por palavra com o nosso texto hebraico padrão em mais de 95% do texto. Os 5% de variação consistem em sua maioria de erros óbvios de escrita e variações na ortografia.
Das descobertas de manuscritos como o do Mar Morto, os cristãos possuem uma evidência inegável que as Escrituras do Velho Testamento que temos hoje, para todos os efeitos práticos, são exatamente o mesmo como era quando foi originalmente inspirado por Deus e registrado na Bíblia. Combine isso com a massiva quantidade de evidências manuscritas do Novo Testamento e fica claro que a Bíblia Cristã é um livro fidedigno e confiável.
Os Rolos do Mar Morte provam que os copistas dos manuscritos bíblicos tiveram grande cuidado ao fazerem o seu trabalho. Esses copistas sabiam que estavam duplicando a Palavra de Deus, então eles passaram por um processo incrível para prevenir que erros aparecessem em seu trabalho. Os escribas cuidadosamente contavam cada linha, palavra, sílaba e letra para garantir precisão.

A preservação da Bíblia por Deus
A Confissão de Westminster declara: "O Velho Testamento em Hebraico e o Novo Testamento em Grego, sendo inspirados imediatamente por Deus e pelo seu singular cuidado e providência conservados puros em todos os séculos, são por isso autênticos e assim em todas as controvérsias religiosas a Igreja deve apelar para eles."
A Confissão de Westminster declara um ponto muito importante aqui.
O fato é que Deus, que tem o poder e o soberano controle para inspirar as Escrituras no primeiro momento, certamentne irá continuar a exercer Seu poder e controle soberano na preservação das Escrituras. Na verdade, a obra de preservação de Deus está ilustrada no texto da Bíblia.
Ao examinar como Cristo via o Velho Testamento, podemos perceber que Ele possuía complete confiança que as Escrituras que Ele usava foram fielmente preservadas através dos séculos.
Como Cristo não levantou nenhum questionamento sobre a adequação das Escrituras da forma como os seus contemporâneas as conheciam, podemos seguramente assumir que o texto do primeiro século do Velho Testamento era totalmente adequado como representação das palavras divinas originalmente reveladas. Jesus considerava o corpo de cópias de Seus dias tão iguais aos originais que em suas mensagens Ele apelava para elas como autoridade.
O respeito que Jesus e Seus apóstolos possuíam pelos textos do Velho Testamento é, basicamente, uma expressão da confiança na preservação providencial de Deus das cópias e traduções como substancialmente idênticas com os originais inspirados.
Por isso, a própria Bíblia indica que as cópias podem refletir fielmente o texto original e assim funcionam com autoridade.