Tuesday, August 30, 2011


É verdade que muitos estão orando por um reavivamento mundial. Mas seria mais apropriado para nossa época, e mais bíblico, que essas orações fossem feitas para que o Senhor da colheita levantasse e impulsionasse obreiros que pregassem, de forma destemida e fiel, as verdades que farão eclodir tal reavivamento.
A. W. Pink

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Monday, August 29, 2011

segundas com termos da teologia hoje agostinho



Aquino, Tomás de:



Teólogo e monge italiano da Era Medieval, cuja obra o papa Leão XIII declarou em 1879 ser o ensino oficial da Igreja Católica Romana. A maior influência de Aquino encontra-se em sua obra SUMMA THEOLÓGICA, apresentação sistemática da teologia cristã baseada no sistema filosófico de Aristóteles. Uma de suas contribuições mais famosas foi o debate exaustivo das CINCO MANEIRAS (provas) de comprovar a existência de Deus.

Fonte: Dicionário de Teologia, edição de bolso. Ed. Vida.

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Sunday, August 28, 2011



Hoje eu vi um vídeo que me deixou chateado. Uma igreja americana, em um determinado momento de seu culto, resolveu tocar Sympathy for the Devil, dos Rolling Stones. Se você não conhece a letra da música, clique no link em cima do nome para um vídeo no YouTube com a tradução. De uma forma resumida, a música é uma canção cantada pelo Diabo se apresentando sem usar seu próprio nome, mas sutilmente mostrando suas características.
Pareceu-me bastante inapropriado cantar uma música que tem o Diabo como protagonista, especialmente dentro de uma igreja, no momento do culto. E a igreja cantando junto (tudo bem que é igreja unitária universalista, não é de se surpreender, mas ainda assim...).
Eu gosto muito de rock, é um dos meus estilos favoritos. Mas tudo tem o seu lugar, tudo tem o seu tempo. Eu soube outro dia sobre uma outra igreja americana que iniciou o seu culto evangelístico (já temos um problema aqui) com Highway to Hell do AC/DC. E existem exemplos piores: pastores descendo pelo teto em um cabo vestido de Superman; pastor que entra no púlpito pilotando uma Harley Davidson; outro que se veste de samurai para enfatizar sua nova série de sermões “bíblicos” sobre o código dos samurais (tudo isso dentro de um dojo montado no púlpito). Apesar de ser mais comum nos Estados Unidos, esse é um mal que está chegando de uma forma mais leve aqui no Brasil.


O que tudo isso nos mostra? Simplesmente, para essas igrejas que precisam fazer essa pirotecnia dentro de seu templo, fica claro que esses pastores não acreditam que o Evangelho seja suficiente para atrair as pessoas. Algo a mais é necessário. As pessoas querem diversão. Cabe a igreja encantá-las. É o conceito “Ekklesia du Soleil”.
Esse jeito estranho de fazer igreja é um lado extremista da filosofia “seeker sensitive”(orientada ao consumidor), que invadiu as igrejas nos anos 90 e continua por aí até hoje. Essa filosofia muda o foco do culto. Nessa nova forma de fazer igreja, o foco do culto deixa de ser Deus e passa a ser o visitante. O mais importante é que aquele que nos visita se sinta bem. O culto, sua sequência, sua mensagem, suas músicas, toda a dinâmica que envolve a prática passa a ser planejada tendo o visitante em mente. Esse é um erro grave de eclesiologia.
A igreja é a assembleia, a reunião dos santos (2 Cor 1:1), que se reúnem de forma descente e com ordem (1 Cor 14:40), prestando seu culto racional a Deus (Rom 12:1). Ninguém nunca irá encontrar um único versículo bíblico que poderia dar qualquer apoio a essa ideia de culto planejado para o visitante. Essa ideia vem do departamento de marketing das igrejas, não do de teologia. Podemos agradecer a Bill Hybels e a Willow Creek Community Church por essa tendência perniciosa.
Engraçado que no início, a igreja não permitia que os não cristãos participassem de algumas partes do culto, como a celebração da Ceia do Senhor, que era exclusiva para os cristãos batizados. Algumas pessoas levavam muito tempo até serem aceitas nessa parte do culto. E nada disso impediu que a igreja crescesse. Algo para se levar em consideração.
Talvez a sua igreja não faça essas bobagens e infantilidades que alguns pastores estão fazendo. Mas ainda assim é bom ficar de olho na influência que a filosofia “seeker sensitive” pode ter na sua igreja. Como a sua igreja tem anunciado os seus cultos, especialmente os de jovens? Qual é o foco? É uma igreja ou uma rede de amigos? O maior atrativo é a diversão? Amizades? Pessoas legais e bonitas? Um bate papo informal com pessoas que fazem a diferença? “Bíblia” ou “bíblico” são palavras que entram apenas para mostrar que se trata de uma igreja? A influência dessa filosofia anti-bíblica é bem mais forte do que imaginamos. Ou gostaríamos.
O visitante deve se sentir bem vindo e ser bem recebido em nossas igrejas. Mas também precisa perceber algo importante: o principal homenageado em nosso culto, a pessoa (ou pessoas) para quem nosso culto foi programado é Deus. Ninguém mais.

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Tuesday, August 23, 2011


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Monday, August 22, 2011

segundas com termos da teologia hoje agostinho



Apropriação:



Termo geral utilizado em teologia com respeito à integração ou aplicação de um aspecto da fé na prática cristã. Assim, não é suficiente ter um conceito intelectual da fé e da confiança em Cristo sem de fato exercitar a fé e confiar em Cristo. O ato do crente de exercitar a fé, então, é chamado apropiação da fé.

Fonte: Dicionário de Teologia, edição de bolso. Ed. Vida.

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Sunday, August 21, 2011



Algumas pessoas desafiam a ideia que a Bíblia ensina a natureza trinitária de Deus. No entanto, seis simples afirmações mostram como essa doutrina na verdade é derivada das Escrituras:

Existe apenas um Deus verdadeira (Deuteronômio 6:4; Isaías 43:10; João 17:3; Gálatas 3:20).
O Pai é chamado ou referido como Deus (Samo 89:26; Efésios 4:6; Colossenses 1:2–3; 2 Pedro 1:17).
O Filho (Jesus Cristo) é chamado ou referido como Deus (João 1:1; Filipenses 2:6; Colossenses 2:9; Tito 2:13).
O Espírito Santo é chamado ou referido (ou recebe o status) como Deus (Gênesis 1:2; João 14:26; Atos 13:2, 4; Romanos 8:11).
O Pai, Filho e Espírito Santo são pessoas distintas e podem ser distinguidas uma da outra (O Pai não é o Filho, o Pai não é o Espírito Santo; e o Filho não é o Espírito Santo) (Mateus 28:19; Lucas 3:22; João 15:26; 16:13–15; 2 Corintios 13:14).
As três pessoas (Pai ou Deus; o Filho ou Cristo ou Senhor; e o Espírito Santo ou Espírito) são frenquentemente listados juntos em padrões triádicos de unidade e igualdade (Romanos 15:16, 30; 1 Corintios 12:4-6; 2 Corintios 1:21–22; Gálatas 4:6).

Meu amigo e colega Robert M. Bowman Jr. provê mais de 1000 referências bíblicas para a doutrina da trindade em www.irr.org/trinity-outline.html (atualmente em processo de tradução).

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“Nós podemos fazer as pessoas (muitas vezes) aderirem ao ponto de vista cristão por meia hora ou um pouco mais; mas do momento que elas vão embora de nossa palestra ou terminam de ler nosso artigo, eles estão de volta para um mundo onde a posição oposta é previamente aceita. Enquanto essa situação existir, um sucesso largo é simplesmente impossível. Devemos atacar as linhas de comunicação do inimigo. O que queremos não são mais alguns livrinhos sobre o cristianismo, mas mais livrinhos de cristãos sobre outros assuntos – com sua latência cristã. Você pode perceber isso de forma mais fácil se olhar para isso de uma maneira diferente. Nossa fé dificilmente será abalada por qualquer livro sobre o Hinduísmo. Mas quando lemos qualquer livro elementar sobre geologia, botânica, política ou astronomia, e sabemos que tal livro tem implicações hindus, isso nos abalaria. Não são os livros escritos em defesa direta do materialismo que fazem do homem moderno um materialista; mas sim a presunção materialista em todos os outros livros. Da mesma forma, não são os livros sobre o cristianismo que irão abalá-lo. Mas ele seria abalado se, quando quisesse alguma introdução rápida para qualquer ciência, a melhor obra no mercados fosse sempre escrita por um cristão.”
C. S. Lewis - God in the Dock

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Saturday, August 20, 2011


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Wednesday, August 17, 2011

Com agradecimento aos irmãos que nos enviaram esse vídeo.

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“Tendo Jesus chegado às regiões de Cesaréia de Felipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem?
Responderam eles: Uns dizem que é João, o Batista; outros, Elias; outros, Jeremias, ou algum dos profetas.
Mas vós, perguntou-lhes Jesus, quem dizeis que eu sou?
Respondeu-lhe Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo."
Mateus 16:13-16.

Jesus perguntou aos seus discípulos quem eles diziam que ele era. Mas hoje em dia, parece que as pessoas querem que a pergunta de Jesus seja: quem vocês querem que eu seja?
É comum as pessoas rejeitarem o cristianismo, dizendo que é falso, preconceituoso ou uma religião enfeitada. Também querem de qualquer jeito negar a divindade de Jesus (já que se ele realmente for Deus, então o cristianismo é verdadeiro) mas ainda assim, querem recrutar Jesus para o seu lado. Ele é o Jesus vegetariano para os vegetariano. O Jesus universalista para os universalistas. Um grande profeta para os muçulmanos. Até os ateus acham que Jesus (para aqueles que são intelectualmente honesto para reconhecerem a enorme evidência histórica em favor de sua existência) foi um bom mestre, com alguns pensamentos interessantes. O mundo quer rejeitar o cristianismo, mas quer Jesus do seu lado, seja ele qual for.
Pra mim, isso é uma grande prova que Jesus não foi uma figura qualquer. Não foi uma simples invenção da igreja. Para alguém que nunca liderou um exército, nunca escreveu um livro, nunca participou de uma revolta política, nunca viajou mais que duzentos quilômetros de sua cidade natal e morreu como um simples ladrao, Jesus Cristo realmente mudou o planeta.
“Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”.
Qualquer outra resposta é historica, biblíca e evidencialmente errada.

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Monday, August 15, 2011

segundas com termos da teologia hoje agostinho



Apóstolo, apostolicidade:



Derivado do termo grego apostolos, apóstolo é fundamentalmente um "emissário". Dentre seus muitos seguidores, Cristo escolheu doze, aos quais designou "apóstolos" (Mt 10.2-4; Mc 3.14; Lc 6.14-16), Esses doze, junto com o apóstolo Paulo, chamado posteriormente "nascido fora do tempo" (ARA 1Co 15.8), tornaram-se fundamentais no estabelecimento da igreja e serviram de figuras de autoridade na igreja primitiva. Em consequência, a idéia da apostolicidade diz respeito à correspondência da fé e da prática da igreja com o ensino neotestamentário e autorizado atribuído aos apóstolos.

Fonte: Dicionário de Teologia, edição de bolso. Ed. Vida.

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Saturday, August 13, 2011



Passo 1 – Vamos supor que Craig Venter seja bem sucedido em criar vida artificial e a solte na natureza.

Passo 2 – Vamos supor que um pesquisador (vamos chamá-lo de João) muito tempo depois venha a encontrar uma das formas de vida criadas por Venter, a examine e conclua que foi projetada por um designer inteligente.

Passo 3 – A inferência do design de João está obviamente correta. Perceba que a inferência de João não está menos errada se (a) ele não sabe quem Craig Venter é, e (b) ele não consegue responder quem projetou Craig Venter.

Bem, isso foi fácil. Por acaso isso revela algo importante sobre a fraqueza ou insuficiência do argumento de nossos “oponentes” que pensam que esse é o seu melhor argumento?

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Thursday, August 11, 2011


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Wednesday, August 10, 2011



Abaixo segue uma lista de frases auto-refutáveis que são comumente repetidas na nossa cultura hoje em dia. O objetivo triplo aqui é: (1) reconhecer frases auto-refutáveis, (2) expô-las por aquilo que elas são, e (3) evitar ser pego de surpresa por elas.

Após cada frase auto-refutável segue uma explicação porque essa frase comente suicídio junto com uma sugestão de como responder. Se essa é a primeira vez que você lida com frases auto-refutáveis você talvez precisará lê-las mais de uma vez. Pare e reflita naquilo que a frase está realmente dizendo e então veja se você consegue identificar a sua natureza auto-refutável.

Recomendo também a leitura do post sobre a Tática Papa-léguas, muito útil quando somos presenteados com frases auto-refutáveis.

Fique a vontade para deixar comentários com suas frases auto-refutáveis favoritas e eu as adiciono aqui. Aproveite!

1. Não existe verdade.
Se não existe verdade essa esse frase em si mesma não pode ser verdade. Portanto, a verdade existe. Você não pode negar a verdade afirmando-a. Você pode responder “isso é verdade?” ou então “como pode ser verdade que não existe verdade?”

2. Você não pode conhecer a verdade.
Se você não pode conhecer a verdade então você não poderia nunca saber que “você não pode conhecer a verdade”. Essa pessoa está afirmando conhecer a verdade que não se pode conhecer a verdade. Você pode responder “então, como você sabe disso?”

3. Ninguém possui a verdade.
Essa pessoa está afirmando possuir a verdade que diz que ninguém possui a verdade. Se ninguém possui a verdade então a frase “ninguém possui a verdade” é falsa! Você pode responder “então como você sabe que isso é verdade?”

4. Toda verdade é relativa.
Também conhecida por “tudo é relativo.” Se toda a verdade é relativa então essa frase por si mesma também seria relativa e não uma verdade objetiva. Em outras palavras, a pessoa está afirmando que é uma verdade objetiva que toda verdade é relativa. Você pode responder “isso é uma verdade relativa?”

5. É verdade para você mas não para mim.
Essa frase é auto-refutável porque ela afirma que a verdade é relativa ao indivíduo e ao mesmo tempo implica que é objetivamente verdade que algo pode ser “verdade pra você mas não pra mim.” Você pode responder “isso é verdade pra você ou é verdade para todo mundo?”

6. Não existem absolutos.
Essa frase é uma declaração absoluta sobre a realidade que afirma que não existem absolutos. Você pode responder “você tem certeza absoluta disso?”

7. Ninguém pode conhecer qualquer verdade sobre religião.
Essa pessoa afirma ter um conhecimento da verdade sobre religião que é a seguinte: você não pode conhecer a verdade sobre a religião. Você pode responder “então como você chegou a esse conhecimento sobre a religião.”

8. Você não pode saber de nada com certeza.
Se você não pode saber de nada com certeza você nunca chegaria a saber disso! Essa pessoa afirma saber com certeza que você não pode saber nada com certeza. Você pode responder “então, como você sabe disso com certeza?”

9. Você deve duvidar de tudo.
Se você deve duvidar de tudo então você também deve duvidar a verdade sobre a frase “você deve duvidar de tudo”. Você pode responder “Eu deveria duvidar disso?” E lembre-se: sempre duvide de suas dúvidas!

10. Somente a ciência pode nos mostrar a verdade.
Se somente a ciência pode nos mostrar a verdade nós nunca poderíamos saber que “somente a ciência pode nos mostrar a verdade” porque isso não é algo que a ciência nos mostraria! Isso porque essa afirmação é de natureza filosófica e não científica. Você pode responder “qual experimento científico que mostrou isso?” ou “qual é a sua evidência científica que mostra que somente a ciência pode nos mostrar a verdade?”

11. Você só pode conhecer a verdade através da experiência.
Se você só pode conhecer a verdade através da experiência você jamais conheceria a verdade sobre a frase “você só pode conhecer a verdade através da experiência” porque isso não é algo que pode ser conhecido através da experiência. Você pode responder “você pode conhecer essa verdade através da experiência?” ou “qual experiência te ensinou essa verdade?”

12. Toda verdade depende da sua perspectiva.
Se toda verdade depende da sua perspectiva então mesmo a verdade “toda verdade depende da sua perspectiva” depende da sua perspectiva. Essa é outra frase objetiva que afirma que o relativismo é verdadeiro. Você pode responder “essa verdade depende da sua perspectiva?”

13. Você não deve julgar.
A pessoa que está dizendo isso está fazendo um julgamento, que diz que é errado julgar! Você pode responder “se é errado julgar, então por que você está me julgando?”

14. Você não deve forçar a sua moralidade sobre outras pessoas.
Essa pessoa está forçando o seu ponto de visto moral que diz que é errado forçar um ponto de vista moral. Você pode responder “então, por favor, não force a sua moralidade que diz que é errado forçar moralidade.”

15. Você deve viver e deixar viver.
Essa pessoa que diz “viva e deixe viver” não está deixando você viver do jeito que você quer! Ela está prescrevendo um comportamento para você ao invés de seguir seu próprio conselho. Você pode responder “se essa é a sua filosofia, por que você está me dizendo como eu devo viver?”

16. Deus não toma partidos.
Se Deus não toma partidos, então ele está sendo partidário do lado que não toma partidos. Você pode responder “Deus toma esse partido?”

17. Você não deveria tentar converter as pessoas.
Essa pessoa está tentando converter você para a posição dela que diz que é errado converter as pessoas. Você pode responder “se é errado tentar converter as pessoas, por que você está tentando me converter?”

18. Essa é apenas a sua opinião.
Essa frase é auto-refutável se ela trata uma afirmação objetiva como se fosse subjetiva. A suposição escondida aqui é que todas as afirmações são relativas e uma questão de escolha pessoa. Se esse for o caso ela é por si mesma relativa e uma questão de escolha pessoal. Você pode responder “bem, essa é apenas a sua opinião que essa é a minha opinião”.

19. Você deveria ser tolerante com outras opiniões.
A maioria das frases referentes a tolerância são auto-refutáveis se por “tolerância” querem dizer “aceitar todas as opiniões como igualmente verdadeiras e válidas.” Se esse for o caso, a pessoa que diz “você deveria ser mais tolerante com outras opiniões” não está sendo tolerante com a sua opinião! Você pode responder “então, por que você não tolera a minha opinião?”(*)

20. É arrogante afirmar que se tem a verdade.
Essa pessoa afirma ter a verdade que diz “é arrogante afirmar que se tem a verdade.” Portanto, por seu próprio padrão, essa é uma pessoa arrogante! Você pode responder: “Nossa, isso é tão arrogante da sua parte!”

* tolerância de verdade significa “boa disposição dos que ouvem com paciência opiniões opostas às suas” e carrega a ideia de respeito e valor em relação às pessoas. Isso está em rota de colisão com a definição pós-moderna de tolerância que diz que devemos ter todas as verdade como iguais e válidas.

Posted on Wednesday, August 10, 2011 by Maurilo e Vivian

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Monday, August 08, 2011



O apóstolo Tomé é mais conhecido como “Tomé cético”. Pobre Tomé, praticamente é sempre visto de forma negativa por essa única incidência de dúvida. Na verdade, quando Tomé encontrou o Cristo ressurreto sua vida nunca mais foi a mesma. De acordo com a tradição, Tomé deu a sua vida como mártir na região norte da Índia pela causa de Jesus. Interessante que raramente é dado crédito a Tomé por reconhecer a divindade de Jesus (João 20:28), logo após seu encontro com o Senhor ressurreto.

A dúvida deve ser vista somente de forma negativa? Será que a dúvida poderia trazer algum benefício? Como calouro no curso universitário de Geologia, eu vim a crer em Jesus como o Messias prometido. Tudo em relação ao cristianismo era novo pra mim. Ao mesmo tempo, eu estava recebendo muita informação dos meus professores de ciência que pareciam lançar uma visão negativa em relação a existência de Deus e a fé cristã. Eu posso honestamente dizer que o meus primeiros dois anos da minha caminhada cristã foram os mais cheios de dúvidas que já tive. No entanto, mesmo tendo muitas dúvidas naquela época (e algumas vezes elas reaparecem), eu posso olhar para trás e ver os benefícios da dúvida. Eu gostaria de sugerir quatro benefícios da dúvida em nossas vidas.

1. Dúvidas mantém a pessoa honesta.
Uma das acusações que os ateus lançam aos pés dos cristãos é que você somente é cristão porque nasceu em uma cultura cristã. Apesar de isso ser verdade em um certo sentido, muitos ateus, acredito, são vitimas da mesma acusação. Ter dúvidas sinceras sobre qualquer coisa é na verdade benéfico para que possa pensar fora da caixa, e não somente aceitar as narrativas culturais.

2. Dúvidas podem levar a pessoa a pesquisar.
Dúvidas sinceras podem levar a pessoa a pesquisar as evidências em relação ao assunto em dúvida. Um pouco de pesquisa não faz mal pra ninguém, na verdade, as pesquisas apenas podem te levar a descobrir se suas dúvidas são justificadas ou não.

3. Dúvidas podem apoiar a posição da pessoa.
Um dos benefícios da dúvida é que ela fortalece sua posição de visão de mundo. Muitas das dúvidas passadas que eu já abordei apenas aumentaram minha fé na visão de mundo cristã. De fato, eu gosto de dialogar com pessoas que possuem uma visão de mundo diferente da minha. Eu descobri, com o tempo, que lidar com as dúvidas fica cada vez mais fácil se você é capaz de abordá-las de forma honesta.

4. Dúvidas podem levar a pessoa à verdade.
Uma pessoa honesta, que faz a sua própria pesquisa pode mudar e passar a seguir a verdade. Muitas pessoas, como C. S. Lewis, encararam de forma franca suas dúvidas para alcançar a verdade. Na realidade, a verdade em si não pode ser duvidada, porque ela se destaca por si mesma.

Nem todas as dúvidas devem ser vistas de forma negativa. Ter dúvidas pode ser bom para a pessoa honesta. Não duvide de mim!

Posted on Monday, August 08, 2011 by Maurilo e Vivian

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segundas com termos da teologia hoje agostinho



A posteriori, a piori:



Expressões utilizadas para mostrar que certa afirmação depende da experiência (a posteriori) ou é independente dela (a priori). Por exemplo, se alguém observa a criação e percebe nela um padrão organizado, pode concluir a posteriori (i.e., por observá-la) que Deus existe e a causou. Entretanto, se a existência divina pode ser provada com base em algo anterior à experiência de percepção, diz-se que a tal conclusão se chegou a priori.

Fonte: Dicionário de Teologia, edição de bolso. Ed. Vida.

Posted on Monday, August 08, 2011 by Maurilo e Vivian

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Sunday, August 07, 2011



Talvez você tenha ouvido a parábola dos seis homens cegos e o elefante. Nessa parábola, seis homens cegos sentem partes diferentes do elefante e chegam a conclusões diferentes sobre o que o elefante realmente é.

Um dos cegos pega a presa do elefante e diz “o elefante é como uma lança!” Outro que segurava a tromba concluiu “o elefante é como uma cobra!” O cego que segurava a perna pensou “o elefante é como uma árvore!” Aquele que agarrava o rabo afirmou “o elefante é como uma corda!” Um outro que segurava a orelha acreditava que “o elefante é como um leque!” E o último cego que se escorava na lateral do elefante exclamou “o elefante é como uma parede!”

Essa parábola é muitas vezes usada para ilustrar a visão conhecida como pluralismo religioso. Como os homens cegos, nenhum religião possui a verdade. Pelo contrário, todas as religiões são verdadeiras em sua descrição de suas próprias experiências e realidade espiritual que encontram, dado as variadas experiências históricas e culturais.

Existem vários tipos de pluralismo religioso, mas uma forma de defini-lo é o seguinte: “a visão que todos os caminhos religiosos – certamente os maiores e mais éticos – levam a Deus ou a uma realidade máxima e salvação.”1 Essa ideia é comumente refletida em frases como “todas as religiões basicamente ensinam a mesma coisa” ou “todos os caminhos levam a Deus.”

A parábola do elefante, apesar de parecer bem atrativa, sofre de muitos problemas:

Problema 1: A parábola é uma analogia, não um argumento.
Um argumento é uma conclusão apoiada por razão e evidência. Mas veja que a parábola do elefante é simplesmente uma analogia (ou ilustração). Nenhum argumento, evidência ou razão é dada para que acreditemos que todas as religiões são verdadeiras. A analogia do elefante é simplesmente uma história. Mas a história pode ser falsa! Em outras palavras,
Um problema com essa analogia dos caminhos (ou elefante e os homens cegos) é que analogias não provam uma questão, apenas a ilustram. Apesar serem poderosas, elas podem simplesmente ilustrar ideias falsas, enganosas.2
De fato, um cristão pode facilmente conceber uma analogia que “prova” a veracidade da fé cristã:
Vamos mudar a analogia: se Jesus é verdadeiramente o único caminho, talvez as religiões do mundo sejam como um labirinto com apenas uma única saída correta; e se Deus, através de Jesus Cristo entrasse no labirinto e nos ajudasse a caminhar para fora?3
Essa analogia não prova que o cristianismo é de fato verdadeiro, prova? Da mesma forma, o pluralistas religiosos precisam apresentar mais coisas do que apenas ilustrações.

Problema 2: O pluralismo religioso é evidentemente falso.
Todas as religiões são basicamente iguais, exceto quando se referem a natureza de Deus, a natureza do homem, pecado, salvação e a vida após a morte. Em outras palavras, todas as religiões não são basicamente iguais! É a diferença que importa. William Lane Craig nos provê essa dura critica para aquilo que ele chama de “pluralismo religioso não sofisticado”, a ideia que todas as religiões são verdadeiras e/ou ensinam basicamente a mesma coisa:
Essa visão que muitos ouvem exposta por leigos e estudantes universitários está enraizada na ignorância no que as grandes religiões do mundo ensinam. Qualquer um que tenha estudado religião comparada sabe que as visões de mundo pregadas por essas religiões são muitas vezes diametralmente opostas uma a outra. Vamos pegar islã e budismo, por exemplo. Essas visões de mundo não tem praticamente nada em comum. O Islã acredita que existe um Deus pessoal que é onipotente, onipresente e santo e que criou o mundo. Acredita que as pessoas são pecadoras e precisam do perdão de Deus, que um céu ou um inferno eterno nos aguardam na vida após a morte e devemos ganhar nossa salvação pela fé e obras justas. O Budismo nega todas essas coisas. Para o budistas clássico a realidade máxima é impessoal, o mundo não foi criado, não existe uma continuidade da alma, o final da vida não é imortalidade pessoal mas aniquilação e ideias como pecado e salvação não tem nenhum papel nisso tudo. Exemplos como esses podem ser muitos.4
O pluralismo religioso é evidentemente falso porque viola as conhecidas leis da lógica. Por exemplo, a lei da não contradição afirma que A e não-A não podem ser verdadeiros ao mesmo tempo e no mesmo sentido. Deus não pode ser tanto pessoal quanto impessoal. Deus não pode tanto existir como uma trindade e não existir como uma trindade. Já que várias religiões ensinam coisas contraditórias, todas as religiões não podem ser verdadeiras. O pluralismo religioso viola a lei da não contradição e portanto é necessariamente falso.

Problema 3: A parábola implora pela pergunta.
Lembre-se, que a questão a ser considerada é se as diferentes religiões do mundo estão ou não experimentando/descrevendo a mesma realidade ou Deus, mesmo que em um sentido limitado. Mas a parábola implica a questão por iniciar com a pressuposição que os cegos de fato estão fazendo essa exata coisa! Em outras palavras, a parábola conta sobre alguns cegos sentindo ou experimentando partes diferentes do elefante (realidade/Deus) que é a exata questão em debate.

Problema 4: A parábola comete a falácia da auto-exclusão.
O pluralista religioso que conta essa história afirma que todos são cegos, exceto o próprio pluralista religioso! Em outra palavras, existe uma perspectiva objetiva presente aqui. No entanto, se todas as visões religiosas são essencialmente cegas, isso incluiria a visão religiosa pluralista. Mas o pluralista religioso convenientemente exclui a si mesmo, tendo de alguma forma escapado a cegueira espiritual que envolveu todas as visões religiosas mas que o permitiu ver a veracidade do pluralismo religioso. Ao fazer isso, o pluralista religioso afirma ter a única perspectiva objetiva:
De fato, ele não saberia que os homens cegos estavam errados a não ser que ele tivesse uma visão objetiva daquilo que era certo! Então, se a pessoa contando a parábola pode ter uma perspectiva objetiva, porque os cegos não podem? Eles poderiam – se os cegos subitamente pudessem ver, eles também poderiam perceber que estavam originalmente errados. Na verdade era um elefante que estava na frente deles e não uma parede, um leque ou uma corda. Nós também podemos ver a verdade na religião. Infelizmente, muitos dos que negam que existe verdade nas religiões são não somente cegos mas voluntariamente cegos. Podemos não querer admitir que exista verdade na religião porque isso poderá nos condenar. Mas se abrirmos nossos olhos e pararmos de nos esconder atrás da falta de bom senso auto-refutável que diz que a verdade não pode ser conhecida, então poderemos a verdade também.5

Problema 5: A parábola refuta a si mesma.
Se todas as religiões são verdadeiras, então o cristianismo é verdadeiro. Mas se o cristianismo ensina que as religiões não cristãs são falsas, então nem todas as religiões são verdadeiras. Então, se todas as religiões são verdadeiras, nem todas as religiões são verdadeiras. Isso não pode estar certo. Vamos analisar isso melhor:

  1. Se todas as religiões são verdadeiras, então o cristianismo é verdadeiro.
  2. Todas as religiões são verdadeiras.
  3. Se o cristianismo é verdadeiro, então as religiões não cristãs são falsas.
  4. Se as religiões não cristãs são falsas, então nem toda religião é verdadeira.
  5. Portanto (de 1 e 2), o cristianismo é verdadeiro.
  6. Portanto (de 3 e 5), religiões não cristãs são falsas.
  7. Portanto (de 4 e 6), nem todas as religiões são verdadeiras.
  8. Portanto (1 até 7), se todas as religiões são verdadeiras, então nem todas as religiões são verdadeiras.
Se a sua crença leva a uma conclusão absurda, então é necessário reexaminar sua crença. A única premissa que os pluralistas religiosos poderiam negar é a premissa 3. Mas para se negar a premissa 3 é necessário não levar as afirmações do cristianismo a sério. Na verdade é uma distorção do cristianismo histórico ortodoxo que sempre afirmou que Jesus é o único caminho para a salvação. Isso levanta um ponto relacionado: os pluralistas religiosos precisam muitas vezes apelar para um tipo de reducionismo religioso para que possam manter sua visão.
Tentativas de reduzir todas as religiões para seu menor denominador comum normalmente só tem sucesso em distorcer essas religiões. Homogenizar as religiões tem um preço muito alto para pagar ao se eliminar a diversidade religiosa, porque no final das contas as religiões precisam sacrificar as principais características que as tornam únicas e atrativas em princípio.6

Problema 6: A parábola é radicalmente cética.
Ken Samples elabora sobre esse ponto:
A analogia do elefante implica um ceticismo radical em relação ao conhecimento sobre Deus; a saber, que ninguém, ou nesse caso nenhuma religião, pode conhecer Deus satisfatoriamente. Mas se Deus é de certa forma incognoscível, como alguém pode saber que Deus é incognoscível? Na verdade, por esse pensamento, alguém por acaso poderia saber se Deus existe?7
Mais ainda, os cristãos argumentariam que Deus de fato revelou a si mesmo tanto na revelação geral (criação e consciência) e na revelação especial (Escrituras e Cristo). Se o cristianismo é verdadeiro, então podemos abandonar nosso ceticismo radical em relação ao conhecimento sobre Deus em favor das afirmações radicais de Cristo: “quem me vê, vê ao Pai” (João 14:9).

Problema 7: A parábola prova o contrário.
Enquanto essa parábola é usada com a intenção de mostrar que todas as religiões são verdadeiras, extraí-se exatamente um conclusão em contrário: todas as religiões são falsas! Por que? Porque nenhum dos cegos tem uma visão correta do elefante! Ken Samples mais uma vez explica:
Ironicamente, enquanto a analogia do elefante tenta validar a verdade de todas as religiões, se levada a sua conclusão lógica a história na verdade mostra que todas as religiões falham em identificar Deus adequadamente. Portanto, ao invés de afirmar verdades religiosas, a analogia implica que todas as religiões, pelo menos em um espectro mais amplo, estão baseadas em afirmações falsas ou enganadas.8
Uma analogia que te leva a uma conclusão oposta a intencionada não pode ser uma analogia boa.

1 Kenneth Richard Samples, Without a Doubt: Answering the 20 Toughest Faith Questions (Grand Rapids: Baker, 2004), 161.
2 Paul Copan, True For You, But Not For Me: Overcoming Objections to Christian Faith, Rev. ed. (Minneapolis: Bethany House, 2009), 123.
3 Ibid.
4 William Lane Craig, Hard Questions, Real Answers (Wheaton: Crossway, 2003), 150-151.
5 Norman L. Geisler and Frank Turek, I Don't Have Enough Faith to Be an Atheist (Wheaton: Crossway, 2004), 49.
6 Samples, Without a Doubt, 164.
7 Ibid., 167.
8 Ibid.

Posted on Sunday, August 07, 2011 by Maurilo e Vivian

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Saturday, August 06, 2011


Do livro Não Tenho Fé Suficiente para Ser Ateu

Vamos recapitular aquilo que vimos até aqui: a verdade existe e ela é absoluta e inegável. Dizer que "a verdade não pode ser conhecida" é uma afirmação falsa em si mesma porque a própria afirmação afirma ser uma verdade conhecida e absoluta. De fato, todas as vezes que dizemos qualquer coisa estamos deixando implícito que conhecemos pelo menos alguma verdade, porque qualquer posição ou qualquer assunto implica algum grau de conhecimento. Se você disser que a posição de alguém está errada, então você deve saber o que é certo para poder dizer isso (você não pode saber o que está errado a não ser que saiba o que está certo). Até mesmo ao dizer "eu não sei", você está admitindo que sabe alguma coisa, ou seja, que você sabe que não sabe alguma coisa a mais sobre o tópico em questão, mas não que você não saiba nada sobre nada.
Como alguém pode conhecer a verdade? Em outras palavras, qual é o processo pelo qual descobrimos a verdade sobre o mundo? O processo de descoberta da verdade começa com as leis auto-evidentes da lógica chamadas primeiros princípios. São chamados de primeiros princípios porque não existe nada por trás deles. Eles não são aprovados por outros princípios; são simplesmente inerentes à natureza da realidade e, assim, são auto-evidentes. Portanto, você não aprende esses primeiros princípios: simplesmente sabe que existem. Qualquer pessoa conhece intuitivamente esses princípios, mesmo que não tenha parado para pensar explicitamente sobre eles.
Dois desses princípios são a lei da não-contradição e a lei da exclusão do meio-termo. Já vimos a realidade e o valor da lei da não-contradição. A lei da exclusão do meio-termo nos diz que uma coisa é ou não é. Exemplo: Deus existe ou não existe. Jesus ressuscitou dos mortos ou não ressuscitou. Não há uma terceira alternativa para cada uma dessas afirmações.
Esses primeiros princípios são as ferramentas que usamos para descobrir todas as outras verdades. De fato, sem eles você não poderia aprender nenhuma outra coisa. Os primeiros princípios são para o aprendizado aquilo que os nossos olhos são para a visão. Assim como os nossos olhos devem estar presentes em nosso corpo para que possamos ver, os primeiros princípios devem estar em nossa mente para que possamos aprender alguma coisa. Da concepção desses primeiros princípios é que podemos aprender sobre a realidade e, por fim, encontrar a tampa da caixa do quebra-cabeça que chamamos de vida.
Embora usemos esses primeiros princípios para nos ajudar a descobrir a verdade, sozinhos não podem nos dizer se uma proposição em particular é verdadeira. Para entender o que estamos dizendo, considere o seguinte argumento lógico:

1.Todos os homens são mortais.
2.João é um homem.
3.Portanto, João é mortal.

As leis auto-evidentes da lógica nos dizem que a conclusão — João é mortal — é uma conclusão válida. Em outras palavras, a conclusão necessariamente segue as premissas. Se todos os homens são mortais e se João é um homem, então João é mortal. No entanto, as leis da lógica não nos dizem se aquelas premissas e, portanto, a conclusão, são verdadeiras. Talvez nem todos os homens sejam mortais; talvez João não seja um homem. A lógica por si só não pode dizer nada disso.
Esse ponto é mais facilmente entendido ao olharmos para um argumento válido que não é verdadeiro. Considere o seguinte:

1.Todos os homens são répteis de quatro patas.
2.Antônio é um homem.
3.Portanto, Antônio é um réptil de quatro patas.

No aspecto lógico, esse argumento é válido, mas todos nós sabemos que ele não é verdadeiro. O argumento é válido porque a conclusão segue as premissas. Mas a conclusão é falsa porque a primeira premissa é falsa. Em outras palavras, um argumento pode ser logicamente correto, mas ainda assim ser falso, porque as premissas do argumento não correspondem à realidade. Assim, a lógica nos leva apenas até aqui. A lógica pode nos dizer que o argumento é falso, mas não pode dizer por si só quais premissas são verdadeiras. Como sabemos que João é um homem? Como sabemos que os homens são répteis de quatro patas? Precisamos de mais informação para descobrir essas verdades.
Obtemos as informações com base na observação do mundo ao nosso redor e, então, tiramos conclusões gerais dessas observações. Ao observar alguma coisa repetidas vezes, você pode concluir que algum princípio geral é verdadeiro. Por exemplo: quando você deixa cair um objeto da mesa repetidas vezes, naturalmente observa que o objeto sempre cai no chão. Se fizer isso uma quantidade suficiente de vezes, finalmente perceberá que existe algum princípio geral em ação, conhecido como gravidade.
Esse método de chegar a conclusões gerais a partir de observações específicas é chamado de indução (que é comumente equiparado ao método científico). Para sermos bem claros, precisamos distinguir a indução da dedução. O processo de dispor-se premissas em um argumento e chegar a uma conclusão válida é chamado dedução. Foi isso que fizemos nos argumentos acima. Mas o processo de descobrir se uma premissa em um argumento é válida geralmente exige a indução.
Muito daquilo que sabemos, o sabemos por meio da indução. De fato, você já usou indução intuitivamente para investigar a verdade das premissas nos argumentos acima, a saber: determinou que, uma vez que todo homem que você observou é um mamífero de duas pernas, então o homem Antônio não pode ser um réptil de quatro patas. Você fez a mesma coisa com a pergunta sobre a mortalidade de João. Uma vez que todos os homens que você viu ultimamente morrem, você adotou a conclusão geral de que todos os homens são mortais, incluindo um indivíduo específico chamado João. Essas conclusões — homens de duas pernas, gravidade e mortalidade humana — são conclusões indutivas.
A maioria das conclusões baseadas na indução não pode ser considerada absolutamente certa, mas apenas altamente provável. Por exemplo: você está absolutamente certo, tem 100% de certeza, de que a gravidade faz todos os objetos caírem? Não, porque você não observou todos os objetos caindo. Do mesmo modo, você está absolutamente certo de que todos os homens são mortais? Não, porque você não observou a morte de todos os homens. Talvez exista alguém em algum lugar que não tenha morri do ou que não vai morrer no futuro.
Desse modo, se as conclusões indutivas não são seguras, podemos confiar nelas? Sim, mas com graus variáveis de certeza. Como dissemos, uma vez que nenhum ser humano possui conhecimento infinito, a maioria das nossas conclusões indutivas pode estar errada (existe uma importante exceção. Ela é chamada de "indução perfeita”, na qual todos os particulares são conhecidos. Por exemplo: "todas as letras desta página são pretas". Essa indução perfeita dá certeza sobre a conclusão porque você pode observar e verificar que todas as letras desta página realmente são pretas).
Mas mesmo quando não se tem informação completa ou perfeita é possível ter suficiente informação para chegar a algumas conclusões justificáveis na maioria das questões da vida. Por exemplo: uma vez que praticamente já se observou que todos morrem, sua conclusão de que todos os homens são mortais é considerada verdadeira ainda que passível de dúvida. Existe mais de 99% de certeza, mas ela não é absoluta. É preciso ter certo grau de fé mesmo que pouca — para acreditar nisso.1 O mesmo pode ser dito em relação à conclusão de que a gravidade afeta todos os objetos, e não apenas alguns. A conclusão é praticamente correta, mas não é absolutamente certa. Em outras palavras, podemos ter certeza com uma dúvida justificável, mas não certeza absoluta.  

Posted on Saturday, August 06, 2011 by Maurilo e Vivian

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Thursday, August 04, 2011


Vai ter gente achando que nosso blog é homofóbico, mas fazer o que né? O momento em que uma ditadura está se levantando é o melhor momento para se posicionar contra ela, antes que ganhe forças e seja mais difícil derrubá-la.
Essa semana a câmara de vereadores de São Paulo aprovou a criação do Dia do Orgulho Heterossexual, projeto do vereador Carlos Apolinário (que é evangélico). O projeto do vereador ainda precisa ser sancionado pelo prefeito Gilberto Kassab.
Mas isso é algo que os grupos defensores do movimento homossexual torcem para que não aconteça. Apesar de parecer estranho, os grupos que lutam por “direitos iguais” entre os homens não querem que exista igualdade aqui.
Em uma nota de repúdio ao projeto da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) afirma-se “É descabido propor a celebração, respaldada em lei, do ‘orgulho heterossexual’ a fim de simplesmente desmerecer a luta social justa da população LGBT. Os heterossexuais não são discriminados pelo simples fato de serem heterossexuais, ao contrário dos homossexuais, a exemplo dos casos recentes de violência homofóbica na avenida Paulista”.
Muitas coisas interessantes podem ser tiradas só dessas duas frases. Entre elas, por que uma data de orgulho heterossexual desmerece a luta dos homossexuais, se essa é realmente justa? Também é importante notar que, se o movimento homossexual conseguir realmente impor sua agenda em nossa sociedade, os heterossexuais serão sim descriminados simplesmente por serem heterossexuais, já que a lei irá proteger e dar mais direitos aos homossexuais do que aos heterossexuais.
Enfim, uma outra coisa muito interessante nessa história é que todos os argumentos em favor do Dia do Orgulho Gay também são válidos para se instituir um Dia do Orgulho Heterossexual. Até mesmo a questão da agressão, que deve ser tratada como caso de polícia, não como motivação para se instituir dias celebrativos. Os defensores do movimento homossexual contam todas as agressões sofridas por homossexuais como de motivação homofóbica, tenha isso fundamento ou não. Se usarmos esse mesmo critério para com os heterossexuais, teríamos um número ainda maior de agressões sofridas por esse grupo, tornando então a instituição do Dia do Orgulho Heterossexual algo ainda mais importante na luta pelos direitos dos heterossexuais.
Se a ABGLT tivesse um real interesse pela igualdade de direitos (uma das premissas do movimento), eles seriam totalmente a favor do Dia do Orgulho Heterossexual. Mas como a questão não é igualdade, esses grupos irão reclamar a plenos pulmões, pois outros estão usando a mesma tática que eles usaram para impor seus valores. Pimenta nos olhos dos outros...
Como o momento politicamente correto tem sido o grande orientador das decisões de nossos políticos (mais do que fazer aquilo que é correto), eu acho que o prefeito Kassab vai acabar vetando o projeto, já que muita gente vai reclamar. Mas seja qual for a decisão dele, isso será bom. Se ele vetar, prova que não é uma questão de igualdade, mas de um grupo se impondo sobre o outro, com auxílio do poder executivo. Se ele aprovar, pela própria afirmação da ABGLT, a sua luta terá sido desmerecida, já que não possui méritos em si mesma. Ser prefeito não é fácil.
Alguém aí está a fim de lutar pela instituição do Dia do Orgulho Gordo? Deve um monte de gordinhos sofrendo algum tipo de discriminação por ai...

PS1: Eu estava ouvindo na rádio sobre esse projeto do vereador Apolinário e o locutor disse que achava isso uma perda de tempo. Com tantas coisas para se resolver na cidade de São Paulo, o vereador fica perdendo tempo com esse tipo de coisa, afirmou o radialista. Eu concordo plenamente. É mesmo uma perda de tempo. Mas se o projeto do Dia do Orgulho Heterossexual é uma perda de tempo, também o é o Dia do Orgulho Homossexual. Se existe motivo para a existência de um, existe motivo para a existência do outro. E o contrário também é verdade. Tem muita coisa pra ser resolvida na cidade para ficarem perdendo tempo com datas.

PS2: E se o Dia do Orgulho Heterossexual for aprovado pelo prefeito? E se uma parada for instituída nesse dia? Sabe o que iríamos fazer? O mesmo que na Parada Gay: evangelismo. Só porque a parada é de heterossexuais não quer dizer que sejam salvos. A bem da verdade, mesmo quando vamos na Parada Gay não vamos com o objetivo de evangelizar homossexuais. Vamos evangelizar pessoas. Sejam quem for. Onde tem um aglomerado de gente tem uma boa oportunidade para o evangelismo.

Isso me lembra que não escrevi ainda sobre o evangelismo na Parada Gay desse ano.

Posted on Thursday, August 04, 2011 by Maurilo e Vivian

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Wednesday, August 03, 2011


Hoje eu vi uma cena curiosa que me lembrou como o uso da lei no evangelismo é importante e poderoso na pregação do evangelho.
Eu estava indo para o trabalho e num momento o ônibus parou em um semáforo que tinha acabado de fechar. Enquanto esperava (o que mais poderia fazer se estava dentro do ônibus??) eu vi em uma outra rua um carro parado no semáforo também esperando que esse abrisse. Estava o motorista e uma mulher ao lado. Logo atrás parou uma viatura da polícia, também esperando que o semáforo abrisse. Assim que a viatura parou, o motorista virou para a passageira e falou alguma coisa. Ela estava sem cinto. Discretamente olhou pelo retrovisor e, após constatar que uma viatura estava logo atrás, mais discretamente ainda colocou o cinto. O semáforo ficou verde e todos saíram sem maiores problemas.
Eu não sei como funciona exatamente essa questão de quem deve multar ou não em casos assim. Eu sei que em São Paulo a CET tem essa função, mas não sei se isso também cabe à polícia ou não. Eu sei que isso foi ensinado no meu Curso de Formação de Condutores, mas eu acho que não estava prestando atenção, já que não lembro da resposta...
Quando um representante da lei chega perto de uma pessoa que está fazendo algo errado ou mesmo que tem algum culpa no cartório, rapidamente essa pessoa muda sei jeito, pelo menos naquele momento, para se adequar à lei. Assim como a passageira rapidamente colocou o cinto de segurança quando viu que uma viatura estava logo atrás dela (e nem sabemos se os policiais realmente perceberam que ela estava sem cinto), quando usamos a Lei no evangelismo, podemos ver o pecado tentando se adequar ao peso da Lei. Como se estivesse na presença de um policial que acaba de pegá-lo em um flagrante, o pecador via de regra tenta se justificar quando percebe seus pecados expostos pela luz da Lei. “Todo mundo faz isso”, “foi só uma vez”, “mas eu sou humano” e tantas outras respostas desse tipo aparecem no evangelismo. E eu gosto quando o pecador começa a se justificar. Isso é bom.
O pecador que começa a se justificar no evangelismo está na verdade reconhecendo que fez algo errado. É a ação da Lei no convencimento do pecador. Ele está sendo convencido, mas não pode simplesmente se entregar. Ele precisa se defender. 
“Deus resiste ao orgulhoso, mas dá graça ao humilde” 
Tiago 4:6
Somente haverá graça para aqueles que se humilharem perante Deus. É necessário que o orgulhoso seja quebrado. Via de regra, isso não é rápido, mas é efetivo.
Por isso que Spurgeon chamava a Lei de “nosso maior auxiliador” na pregação do evangelho.
Quem não gostaria de ir fazer evangelismo protegido por uma viatura de polícia? Pois Deus nos deus em suas Escrituras algo muito mais poderoso do que dez viaturas, uma verdadeira tropa de elite: a Lei.
Use e abuse de forma bíblica dos Dez Mandamentos em seu evangelismo. Prepare o caminho para que os humildes recebam a graça de Deus.

Posted on Wednesday, August 03, 2011 by Maurilo e Vivian

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Monday, August 01, 2011

segundas com termos da teologia hoje agostinho



Apostasia:



Conceito bíblico que em geral se refere aos que se afastaram da fé em Deus. De modo geral, a apostasia é definida de quatro maneiras: refere-se à pessoa que se afasta e deixa de guardar a aliança religiosa (juadaísmo), que se afasta da igreja (catolicismo romano), que se afasta da adesão intelectual ao cristianismo (Agostinismo/calvinismo) ou que se afasta da salvação depois de experimentá-la (semipelagianismo/arminianismo). Várias vezes e de forma muito clara, a Bíblia adverte dos perigos e dos resultados da apostasia (ex. Hebreus 6:4-8).

Fonte: Dicionário de Teologia, edição de bolso. Ed. Vida.

Posted on Monday, August 01, 2011 by Maurilo e Vivian

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