Monday, March 28, 2011

segundas com termos da teologia hoje agostinho



Animismo:



Sistema de crenças segundo o qual os seres espirituais são a acausa de todo movimento, crescimento ou mudança (animação) no mundo. Embora muitos animistas reconheçam a existência de um único deus mais poderoso, são altamente sensíveis à presença espiritual no mundo. Portanto, explicam vários movimentos, como o crescimento de uma árvore ou o balançar e o cair de suas folhas, como efeitos visíveis da ação de espíritos invisíveis.

Fonte: Dicionário de Teologia, edição de bolso. Ed. Vida.

Posted on Monday, March 28, 2011 by Maurilo e Vivian

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Saturday, March 26, 2011



Os eventos que levaram a experiência de conversão de C. S. Lewis – como delineado em Surpreendido pela Alegria – tem importantes implicações para o evangelismo e apologética.

A importância dos relacionamentos. Lewis foi influenciado por seus amigos cristãos, Owen Barfield, J R R Tolkien, Hugo Dyson e outros.

A importância da razão. Lewis precisou ver que o cristianismo era racional antes de poder aceitá-lo. Lewis precisava ver que o cristianismo tinha uma resposta para o problema do mal e que o cristianismo era superior e diferente das outras religiões.

A importância da boa literatura. Chesterton e MacDonald — assim como Atanásio e escritores clássicos como Platão — o influenciaram significativamente. Devemos conhecer quais recursos podemos prover para aqueles que estão à nossa volta.

A importância da imaginação. Ele precisava ver que o cristianismo também era algo desejável. Relacionado a isso está a importância de anseio. Devemos apresentar o cristianismo como algo que preenche nossos mais profundos desejos.

A importância da boa teologia. Muitos pessoas não vem para Cristo por terem idéias erradas sobre o cristianismo. Devemos ser bons teólogos. Muito do trabalho de apologética e evangelismo de Lewis era simplesmente apresentar o cristianismo clássico para as massas (ex: Cristianismo Puro e Simples).

Lewis reconheceu a necessidade, na verdade o fato, que Deus nos procura pessoalmente e faz suas exigências. Muitas vezes abordamos evangelismo e apologética como se estivéssemos simplesmente falando por Deus quando na verdade estamos falando junto com Deus.

A importância da paciência. Lewis não se converteu ao cristianismo da noite para dia. Ele teve que trabalhar uma série de assuntos e objeções.

A importância de se freqüentar a igreja. Lewis passou a freqüentar a igreja novamente depois de aceitar o teísmo. Se queremos apresentar as pessoas a Jesus, seria sábio levá-nos conosco quando temos certeza que vamos encontrá-Lo.

Posted on Saturday, March 26, 2011 by Maurilo e Vivian

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Friday, March 25, 2011

Tem uma música da Lady Gaga que se chama Born this Way (Nascida desse jeito). É uma música que aparentemente está fazendo bastante sucesso. Um dos motivos para isso é que essa música é uma defesa da causa homossexual. A idéia da música é que “a pessoa nasceu desse jeito”, “não é uma escolha dela” e já que a pessoa nasceu assim, devemos aceitá-la assim. Um tipo de síndrome de Gabriela. Se você não entendeu a referência, ouça a música abaixo.


Essa não é a primeira vez que ouvimos esse tipo de argumento. Em alguns evangelismo, seja com homossexuais ou não, é comum ouvir esse argumento quando o assunto homossexualismo vem à tona. Na verdade, uma das estrofes da música representa bem como o argumento é montado:

I'm beautiful in my way
'Cause God makes no mistakes
I'm on the right track baby
I was born this way

Eu sou linda da minha maneira
Porque Deus não comete erros
Eu estou no caminho certo querido
Eu nasci desse jeito.

E assim segue o argumento. Com certeza, em um primeiro momento, qualquer um fica pensando se isso não seria mesmo verdade. Se fomos criados assim, temos de ser aceitos. Será?
Primeiro, precisamos entender que o homossexualismo é uma questão moral. É uma questão de comportamento moral que se reflete na vida sexual. Assim como outras questões morais que se refletem sexualmente (casar, ficar solteiro, ser fiel, não ser fiel), o homossexualismo é uma questão moral. Todos nós nascemos como agentes morais com capacidades de tomar decisões. Eu não sei se as preferências homossexuais em si mesmas já se manifestam do nascimento ou não. Mas em uma coisa que concordo com os proponentes desse argumento: algo que tem grande influência nas nossas escolhas morais nasce conosco. E tem um nome para isso: natureza pecaminosa. Todos nós, absolutamente todos nós, nascemos com uma natureza pecaminosa que influência nossas escolhas morais. É fácil ver isso em crianças que mentem sem nunca terem sido ensinadas a mentir. Por isso educamos as crianças, para tentar conter o crescimento daquele monstrinho interno que vem junto no pacote. Deixe uma criança crescer sem educá-la direito e você vai acabar com um adulto irresponsável. Ou com um Charlie Sheen. Enfim, todos nascemos com tendências pecaminosas. A Bíblia afirma isso no Salmo 51:5.
A verdadeira pergunta por trás da pergunta (nossa, estou lendo muito Rob Bell) é: podemos desculpar os desvios morais das pessoas simplesmente por terem nascidos assim? Podemos desculpar um ladrão simplesmente por que ele nasceu assim? E um adúltero? E um assassino? Será que podemos usar esse tipo de lógica em tribunais? Será que expandir esse tipo de lógica?
O fato de termos nascidos com uma natureza pecaminosa em nada nos desculpa por nossas falhas. Somos agentes morais que sabem em seu coração a diferença do certo e do errado. E exatamente porque nascemos desse jeito é que precisamos de um Redentor para pagar por nossos pecados e nos regenerar. Daí a necessidade do novo nascimento.
O engraçado é que esse argumento esconde a aceitação de um pressuposto que é necessário para que o argumento tenha início, mas eu duvido que seus defensores teriam coragem de concordar com esse pressuposto: que o homossexualismo não é normal, é errado e totalmente diferente do que deveria ser a sociedade. Mas como é algo que nasce com a pessoa, devemos aceitá-la, mesmo ela estando errada. Se assim não fosse, não seria necessário uma defesa do homossexualismo dessa maneira. Ninguém precisa usar esse mesmo argumento para defender o heterossexualismo porque todos sabem que esse é o padrão normal.
Reescrevendo a letra da canção de Lady Gaga:

Eu era horrendo do jeito que era
Porque Deus não comete erros, mas eu sim
Eu estava no caminho errado, amigo
Eu nasci desse jeito.

Mas a maravilhosa graça de Deus me salvou. E me regenerou. Contra a síndrome de Gabriela, nada como a grandiosa obra de regeneração do Espírito Santo.

Posted on Friday, March 25, 2011 by Maurilo e Vivian

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Posted on Friday, March 25, 2011 by Maurilo e Vivian

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Wednesday, March 23, 2011

Uma das formas de transmitir uma idéia e fazer a outra pessoa achar que a idéia é dela ou fazê-la considerar uma idéia oposta as suas é apresentar a nova idéia através de perguntas. Perguntas direcionadas. Isso é uma arte. Pode ser usada para o bem e para o mal. Rob Bell, famoso pelos seus vídeos da série Nooma, já há muito tempo provou que é um mestre na arte de fazer perguntas. Mas infelizmente, ele tem usado essas perguntas para, lentamente, desconstruir as crenças básicas do cristianismo e propagar o universalismo (crença que no final das contas, todos serão salvos, não importa suas crenças). Veja abaixo um vídeo promocional do novo livro de Rob Bell, Love Wins (O Amor Vence). Preste bastante atenção. Veja que, através de uma série de perguntas, Rob Bell coloca em cheque duas doutrinas básicas e importantes do cristianismo: punição eterna dos perdidos e salvação pela fé em Cristo. Veja o vídeo legendado:


Eu tenho uma amiga que gosta muito de Rob Bell. Ela assistiu os vídeos do Nooma e adorou. Fiquei triste quando soube disso, mas não esperava nada de diferente, já que ela tem um conhecimento bíblico mínimo e normalmente decide se algo é correto ou não pela sensação que causa e não pelo que está nas Escrituras. Rob Bell é bom em manipular as emoções. Mas não é o único. Leia abaixo um texto que Jeremy Grinnell, professor de teologia sistemática, escreveu em resposta ao vídeo promocional de Rob Bell. Através de uma série de perguntas, também é possível minar a propaganda universalista e apelar para as emoções para mostrar que um Deus que é amoroso, mas não aplica justiça, não pode ser confiável. Seria um irresponsável. E é esse deus que Rob Bell quer propagar.
Na verdade, uma cuidadosa leitura de João 3:18 a 21 seria o bastante para mostrar, a partir do texto bíblico, que o universalismo é um desvio doutrinário.
Abaixo, o texto em resposta a Rob Bell:

Muitos anos atrás eu estava passeando por um museu do holocausto e estava muito emocionado pelas imagens de sofrimento e brutalidade humana que eu vi por lá. E quase no final do passeio, em uma parede estava a foto de Hitler em pé na frente da Torre Eiffel em Paris. Eu e muitos que estavam comigo fomos atingidos pela idéia de Hitler aproveitando as belezas de Paris enquanto, no mesmo momento, uma das maiores atrocidades que o mundo já viu estava sendo levada a cabo pelas suas ordens.


Mas aparentemente, nem todo mundo viu da mesma forma.
Em algum momento nesse dia, alguém colocou uma nota manuscrita na foto, e na nota estava escrito: “tudo bem, porque Deus perdoou Hitler também.”
Deus perdoou ?
Ele perdoou?
E alguém sabe disso com certeza?
E teve a necessidade de contar para o resto de nós?
Será que a pessoa mais maldosa e impenitente do mundo, sendo o que ele era, ainda assim consegue ir para o céu?
E em relação à aquelas pessoas que não são tão ruins quanto ele – molestadores de crianças, racistas, traficantes.
E o resto de nós que só gritamos com nossos filhos, fechamos as pessoas na rodovia e sonegamos algum imposto?
O que faz o nosso mal menor e o de Hitler maior?
É o número de pessoas que você machuca? Ou o quanto você os machuca? Ou se alguém sabe? Ou se você tinha intenção ou não?
E se por acaso você foi a pessoa molestada ou seus entes queridos foram mortos por causa de sua etnia?
E então tem a pergunta por trás da pergunta. A verdadeira questão... Como Deus é?
Por que milhões e milhões aprenderam que a principal mensagem do evangelho de Jesus Cristo é que Deus está disposto a perdoar todo mundo não importa quem sejam ou qual maldade tenham cometido contra o resto de nós.
Então o que é sutilmente entendido e ensinado é que Deus está disposto a perdoar os causadores de maldade, não importa se suas vítimas viram justiça ou não. Esse Deus está disposto a deixar passar coisas que nós não devemos deixar.
Mas que tipo de Deus é esse?
Pode um Deus tão desinteressado em justiça ser bom?
Como esse Deus pode ser confiável?
Como isso pode ser... boas... novas?
É por isso que tantas pessoas não querem ter nada a ver com a fé Cristã.
Eles vêem tudo isso como uma lista de absurdos e inconsistências e dizem “por que eu iria querer fazer parte disso?”
Veja que o que acreditamos sobre o céu e o inferno é incrivelmente importante porque expõe o que acreditamos sobre quem Deus é e como Deus é.
O que você descobre na Bíblia é tão surpreendente e inesperado e belo que, seja lá o que for que aprendemos ou fomos ensinados, as boas novas são bem melhores do que podemos imaginar.
As boas novas são pura e perfeita justiça, sem acusações erradas, sem punição que não corresponde ao crime, sem motivos escondidos, sem dor e sofrimento não relacionados. Mas a verdadeira compensação para todos que já foram machucados ou traídos.
As boas novas são que “a justiça vence”.

“Quem crê nele não é julgado; mas quem não crê, já está julgado; porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. E o julgamento é este: A luz veio ao mundo, e os homens amaram antes as trevas que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que seja manifesto que as suas obras são feitas em Deus”.
João 3:18-21

Posted on Wednesday, March 23, 2011 by Maurilo e Vivian

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Monday, March 21, 2011

segundas com termos da teologia hoje agostinho



Anglicanismo:



O anglicanismo começou na Inglaterra do século 17, como parte da reforma inglesa, sendo até hoje a religião estatal daquele país. Desenvolveu-se com base na teologia do protestantismo, sobretudo do calvinismo, mas conservou grande afinidade com a forma de culto e com a estrutura da Igreja Católica Romana. Corrente em todo o anglicanismo é a utilização nos cultos do Livro Comum de Oração. Ele apresenta o princípio central do anglicanismo: "a regra da oração é a regra de crença".

Fonte: Dicionário de Teologia, edição de bolso. Ed. Vida.

Posted on Monday, March 21, 2011 by Maurilo e Vivian

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Saturday, March 19, 2011


Ontem eu estava pensando sobre a Teoria Multiverso a caminho do meu trabalho (eu moro em São Paulo, duas horas pra ir, duas horas pra voltar, tempo o bastante para isso). Eu estava pensando sobre a impossibilidade filosófica de tal teoria. Existem várias teoria e níveis dentro da idéia de um multiverso, variando principalmente em relação a como o físico aborda o universo. A teoria do multiverso específico que estou pensando aqui é aquela que normalmente é usada para se descartar a necessidade de um Designer para o universo. Todos concordam que o nosso universo é finamente afinado em seus detalhes para receber a vida. A menor mudança nas constantes do universo e adeus vida! Como a quantidade de constantes perfeitamente afinadas para a vida faz uma defesa muito forte pela existência de uma inteligência por trás de tudo isso, uma teoria é utilizada ad hoc, no caso, a teoria do multiverso. Uma simples definição é a que diz que, dado um número infinito de universos existentes, um deles acabaria tendo as constantes físicas corretas para o suporte da vida. No final das contas, nós demos sorte de estar no universo onde as constantes permitem a vida. Mas existe um número infinito de outros universos que possuem valores diferentes.
O que me fez chegar a conclusão que essa teoria não é possível pelo ponto de vista filosófico (além de outros problemas, como a total falta de evidências) é que não é possível que exista um número infinito de objetos físicos. Infinito só é possível para entidades não físicas (como números ou mesmo Deus). Não é possível que um objeto físico seja infinito, seja em sua constituição unitária, seja em um agrupamento. Mesmo as estrelas no céu não são infinitas. Em teoria elas poderiam ser contadas. Só ia levar muito tempo para isso.
O truque do multiverso para descartar a existência de um Criador se vale de um número muito grande (infinito) e assim, matematicamente, ele tenta diluir a evidência a favor de um Designer. Apesar do infinito ser possível matematicamente, não é possível em relação a objetos físicos.
Portanto, a teoria do multiverso ad hoc não é possível filosoficamente. É uma mistura de apologética ateísta com ficção científica. E uma pitada de números grandes.

Posted on Saturday, March 19, 2011 by Maurilo e Vivian

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Os puritanos tinham uma forma de falar sobre a Graça e a Ira de Deus de uma forma maravilhosa. Eles sabiam como nos mostrar o quanto somos pecadores e o quanto Deus é amoroso. Aliás, o amor de Deus só pode fazer sentido quando comparado com o nosso pecado e o julgamento que está por vir.
Enfim, os puritanos eram os caras.
Em vista de todo esse desastre que aconteceu no Japão, vejam o vídeo abaixo. Está em inglês, então, nem todos poderão aproveitar a beleza da mensagem. Mas vale a pena para aquele que tenham algum domínio do inglês. A narração é bem pausada e dá pra entender bem, mesmo aqueles com pouco conhecimento.
Estamos trabalhando na tradução de um sermão puritano que foi pregado pouco depois do grande terremoto de Lisboa. Uma grande mensagem para esse tempo.

Posted on Saturday, March 19, 2011 by Maurilo e Vivian

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Thursday, March 17, 2011


Frase que eu ouvi essa semana:
"A igreja emergente: porque toda geração precisa de um evangelho social para substituir o verdadeiro".

Também poderia ser colocado da seguinte forma:
"A igreja emergente: porque toda geração precisa de um evangelho confuso para substituir o verdadeiro".

Posted on Thursday, March 17, 2011 by Maurilo e Vivian

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Tuesday, March 15, 2011


Moisés dividindo seus cabelos!

Posted on Tuesday, March 15, 2011 by Maurilo e Vivian

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Estou lendo o livro “Caos Carismático” de John MacArthur e recomendo a sua leitura para todos, tanto os carismáticos quanto os não carismáticos. Na verdade, a Editora Fiel muito graciosamente disponibilizou esse livro gratuitamente. Veja o link em outra postagem.
Eu sei que muita gente vai ficar brava comigo, mas mesmo assim vou postar alguns dos textos mais interessantes que destaquei no meu Kindle. Esse é apenas o começo. As palavras abaixo podem parecer desconfortáveis em um primeiro momento, mesmo para mim foi assim, mas deixe de lado um pouco as emoções e aborde o que está sendo falado de uma forma bíblica.

A experiência é um teste válido da verdade?

Certa mulher me escreveu em tom raivoso: “você recorre a traduções gregas e palavras pomposas para explicar o que o Espírito Santo tem realizado na igreja hoje. Quero dar-lhe um conselho que pode salvá-lo da ira vindoura do Deus todo-poderoso: ponha de lado a sua Bíblia e seus livros e pare de estudar. Peça ao Espírito Santo que venha sobre você e lhe conceda o dom de línguas. Você não tem o direito de questionar algo que nunca experimentou”.
Um ouvinte do programa de rádio escreveu, após minha exposição de 1 Coríntios 12 a 14: “Você e, especialmente os ministros que falam que o falar em línguas não é para os dias de hoje estão, na minha opinião e na de todos os que as falam, entristecendo o Espírito Santo e perdendo a benção de Deus. Para mim isso é tão ridículo quanto uma pessoa não salva tentar persuadi-los de que vocês não podem ter certeza absoluta de entrar no céu... se vocês não o experimentaram, não podem dizer a alguém que JÁ O EXPERIMENTOU que ele não existe”.
As duas cartas refletem a tendência de avaliar a verdade por meio da experiência pessoal, e não pelas Escrituras. Há pouca dúvida de que os carismáticos, se forem honestos consigo mesmos, terão que reconhecer que a experiência pessoal – e não a Escritura – é o fundamento de seu sistema de crenças. Apesar de vários carismáticos desejarem atribuir à Bíblia uma posição destacada em sua vida, as Escrituras, com muita freqüência, ocupam o segundo lugar em definir o que eles crêem (o primeiro é a experiência). Como certo autor declarou:
“As experiências com Deus fornecem-lhes a base da fé”.
Isso é exatamente o contrário do que deveria ser. A nossa fé deveria constituir a base das nossas experiências. A experiência verdadeiramente espiritual será o resultado da vivificação da verdade na mente cristão – ela não ocorre em um vácuo místico.

Um dos motivos por que a experiência constitui o critério dos carismáticos é a enfase indevida no batismo do Espírito Santo como experiência posterior à salvação. De modo geral, os carismáticos acreditam que, após alguém se tornar cristão, ele deve procurar com diligência o batismo do Espírito. Os recipientes do batismo experimentam vários fenômenos, como falar em línguas, sentir-se eufórico, ter visões e arroubos emocionais de diversos tipos. Quem não experimentou o batismo e os fenômenos subseqüentes não é considerado cheio do Espírito; ou seja, são pessoas imaturas, carnais, desobedientes – em outras palavras, cristãos incompletos.
Esse tipo de ensino abre as comportas para a crença de que o cristianismo vital é somente experiências sensoriais, uma após outra. Estabelece uma competição para saber quem recebeu a experiência mais vívida ou espetacular. E as pessoas que têm os testemunhos mais impressionantes são reputadas como pessoas de um nível espiritual mais elevado. Fazem-se declarações incríveis, que geralmente não são questionadas.

O misticismo irracional encontra-se no âmago da experiência carismática. Ele subverteu a autoridade bíblica dentro desse movimento, substituindo-a por um novo padrão: a experiência pessoal. Não se deixe enganar, o efeito prático do ensino carismático é elevar a experiência pessoal a um plano superior, em detrimento do entendimento correto das Escrituras. Isto corresponde exatamente à advertência da mulher mencionada no início deste capítulo: “Ponha de lado a sua Bíblia e seus livros e pare de estudar”. As “revelações” particulares e as sensações pessoais são mais importantes para ela do que a verdade eterna da Palavra inspirada de Deus.
Existem apenas duas abordagens básicas da verdade bíblica. Uma é a abordagem histórica e objetiva, que enfatiza a ação de Deus entre os seres humanos – conforme as Escrituras ensinam. A outra abordagem é pessoal e subjetiva – enfatiza a experiência humana de Deus. Como devemos formar a nossa teologia? Devemos nos dirigir à Bíblia ou às experiências de milhares de pessoas? Se nos dirigirmos às pessoas, teremos tantas opiniões quantos forem os indivíduos. Isso é exatamente o que acontece em todo o movimento carismático moderno.
A teologia objetiva e histórica é teologia da Reforma, é o evangelicalismo histórico, é a ortodoxia histórica. Começamos pelas Escrituras. Nossos pensamentos, idéias ou experiências são válidos ou não mediante comparação com a Palavra.

E esses são apenas alguns textos do primeiro capítulo. Acredito que coisas interessantes serão apresentadas nos próximos capítulos. Isso já é de praxe em qualquer livro de John MacArthur.

Posted on Tuesday, March 15, 2011 by Maurilo e Vivian

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Monday, March 14, 2011

segundas com termos da teologia hoje agostinho



Analogia do Ser (analogia entis):



Argumento segundo qual existe suficiente similaridade entre Deus e a criação, de maneira que a observação do universo proporciona um entendimento limitado da natureza de Deus. Costuma-se dizer em geral que a analogia do ser se refere mais ao homem do que ao próprio universo, uma vez que o ser humano é criado à imagem de Deus. Teólogos contemporâneos têm debatido até que ponto seres humanos pecaminosos são capazes de perceber que a criação aponta para Deus. Alguns teólogos (e.g., Karls Barth) rejeitam completamente o uso da analogia do ser como princípio teológico válido.

Fonte: Dicionário de Teologia, edição de bolso. Ed. Vida.

Posted on Monday, March 14, 2011 by Maurilo e Vivian

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Sunday, March 13, 2011


“Se Deus fizesse um milagre na minha frente, aqui e agora, eu com certeza acreditaria que Deus existe”.
Esse é um desafio muito comum feito por ateus. A idéia por trás desse desafio é que, se Deus realmente existe, Ele deveria realizar algo miraculoso ali na frente da pessoa. Como nada acontece logo após o lançamento do desafio, então, temos uma prova irrefutável que Deus não existe.
Mas existe algo que escapa ao nosso amigo desafiante. Além da questão de vontade (que obrigação moral teria Deus de fazer um evento miraculoso?), o ateu esquece que Deus realiza milagres incríveis diariamente na frente de todo mundo. Esse milagre é ainda maior do que a criação de todo o universo (que também já é um milagre suficiente para provar sua existência), Deus realiza o milagre da transformação de seres humanos pecadores, inimigos de Deus, em seus Filhos. Não estou falando apenas de uma simples mudança de comportamento: eu agia assim, agora estou agindo diferente. Não. Estou falando sobre o processo de conversão, quando nascemos de novo em Cristo, somos regenerados, nossas atitudes, afeições, objetivos, enfim, todo o nosso ser é completamente transformados. De miseráveis pecadores, que odiavam a própria idéia da existência do Deus bíblico, passamos a tê-lo como principal motivo da nossa existência, através da obra do Espírito Santo. Esse, é o maior de todos os milagres.
Se um milagre dessa magnitude, não pode ser contado como evidência para a existência de Deus, então, nenhum outro pode. Nenhum. E assim, a negação da existência de Deus continua sendo uma questão de vontade, não de evidências.

Posted on Sunday, March 13, 2011 by Maurilo e Vivian

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Friday, March 11, 2011


Baseado em Deus, um delírio, de Richard Dawkins. Obrigado, Richard!

1) Apenas aceitar crenças que são fundamentadas por evidências.
2) Não aceite argumentos circulares.
3) Não quebre a cabeça tentando encontrar evidências para 1 sem violar 2.
4) Não acredite em nada que não tenha sido confirmado pelas ciências físicas.
5) Não aplique 1 e 2 ao 4
6) Acredite que 4 vai aparecer nas ciências físicas cedo ou tarde.
7) Questione tudo, incluindo essa frase e o fato de estar a questionando, mas nunca de 1 até 6.
8) Não faça aos outros aquilo que você não quer que façam com você, esteja sempre pronto para perdoar, viva com uma sensação de admiração e se esforce para não causar danos.
9) Não aplique 1, 2, 4 ou 7 ao 8
10) Sempre respeito o direito dos outros de descordar de você – a menos que esses outros sejam abusadores de crianças supersticiosos cuja crença em um deidade não é melhor do que um juramento infantil ao Monstro de Espaguete Voador.

Posted on Friday, March 11, 2011 by Maurilo e Vivian

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“Eu quero que o ateísmo seja verdade e me sinto desconfortável pelo fato que as pessoas mais inteligentes e bem informadas que eu conheço sejam religiosas. Não é simplesmente que eu não acredito em Deus e, naturalmente, espero que esteja certo em minhas crenças. Eu espero que não exista nenhum Deus! Eu não quero que Deus exista! Eu não quero que o universo seja assim”.
Filósofo e Ateu Thomas Nagel, The Last Word.

Posted on Friday, March 11, 2011 by Maurilo e Vivian

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Thursday, March 10, 2011



Existem duas regras difíceis e rápidas para qualquer um que queira se tornar um ateu. Se você se sentiu tentado, veja bem, pois não é uma coisa fácil.

A primeira regra é ignorar o design na natureza. Você vai vê-lo em toda parte – de planetas a átomos, as estações, o design do corpo humano, os pássaros e abelhas, flores, frutas e até dos fungos. E é claro, o maravilhoso olho humano. Para qualquer lugar que você olhe ou não olhe, você vai ver design.

Mas aqui está a parte difícil: ignore seu senso comum dado por Deus. Admita que tudo o que o homem fez, foi feito pelo homem, mas seja totalmente inflexível sobre as coisas na natureza terem vindo do nada, sem nenhum Designer. Uma vez que você já colocou de lado sua perspicácia em relação à isso, coroe a si mesmo como inteligente. Muito. E então encontre outros ateus que vão confirmar que você realmente é inteligente.

A segunda regra é “acreditar”. Isso é muito importante, porque se você deixar a dúvida entrar, vai deixar também o medo entrar e isso pode ser uma coisa assustadora quando a grande questão é um lugar chamado “Inferno”.

Acredite que você está certo em relação às suas crenças. Acredite que a evolução é realmente verdade. Acredite que é científica. Acredite que não existem elos perdidos e acredite que Richard Dawkins sabe do que está falando.

Acredite que você á aparentado com um macaco e portanto não é moralmente responsável porque os macacos não possuem absolutos morais. Acredite que sua consciência foi dada para você por seus pais e pela sociedade e não por Deus (sempre use um “d” minúsculo para Deus, se possível).

Para crescer como um ateu, você precisa aprender a linguagem dos “crentes” - frases do tipo, “não existe criação”, “a evolução é um fato provado” e o poderoso argumento do “Monstro Espaguete Voador”. Aprenda a fina arte de copiar e colar citações e responder a evidências com “homem de palha!” Assim você não precisa responder ao desafio.

Tudo isso vai dar um percepção de inteligência. Nunca questione a evolução e não pense por si mesmo.

Faça estas coisas e você poderá se considerar um ateu, ou até mesmo um Novo Ateu. Que legal né? Bem, eu devo dizer, pelo menos será um ateu até onde alguém pode se chamar ateu. Ninguém pode ser um ateu de verdade porque, para isso, é necessário “conhecimento absoluto” para se dizer que Deus não existe. Portanto, até você ser onisciente (como Deus) você vai ter que se contentar com fazer de conta que é um ateu.

Posted on Thursday, March 10, 2011 by Maurilo e Vivian

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Wednesday, March 09, 2011

Posted on Wednesday, March 09, 2011 by Maurilo e Vivian

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Monday, March 07, 2011


Uma nota de Ray Comfort:
O ator perturbado uma vez disse “quando éramos criança, não fomos ensinados como lidar com o sucesso; fomos ensinados como lidar com o fracasso. Se na primeira vez você não é bem sucedido, tente e tente novamente. Mas se na primeira você é bem sucedido, então, o que você faz?” Eu tenho uma resposta para Charlie. Você sinceramente agradece a Deus pelo seu sucesso e então mostra gratidão genuína vivendo uma vida que agrada a Deus. O velho ditado é verdade: "Dê para um porco tudo o que ele quiser e ele será um ótimo porco. Dê para uma criança tudo o que ela quiser e você terá uma criança horrível.” Hollywood está cheia de adultos que agem como crianças horríveis. Agora Charlie está ameaçando processar uma das várias mãos que alimentaram seu sucesso. Mundo doido. Vamos manter Charlie em nossas orações.

Posted on Monday, March 07, 2011 by Maurilo e Vivian

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É prazeroso saber que alguns pais estão tomando um papel mais proativo na educação de seus filhos, estando eles ensinando em casa (homeschooling) ou não. Já me foi perguntado se eu posso recomendar algumas ferramentas que poderiam ser usada para ensinar para as crianças os elementos da lógica e do pensamento crítico.
- Minha primeira sugestão é que a melhor maneira de ensinar crianças como pensar criticamente é ser um modelo visível de pensamento crítico. As crianças tem uma aptidão muito maior para o pesamento crítico do que os adultos pensam. Elas costumam ser boas em raciocínio inferencial. Seu poder está limitado em parte por seu limitado acervo de informações a partir da qual podem fazer inferências.
- Ser um modelo em excelência no pensamento crítico pressupõe habilidades no pensamento crítico. Portanto os pais precisam ser estudantes eles mesmos de lógica e pensamento crítico. Infelizmente, muitos não tiveram a oportunidade de uma educação formal nessas habilidades. Mas existem livros acessíveis para se considerar. Um exemplo é Use a Lógica.
- Se os seus filhos o vêem fazendo esforços para apurar suas habilidades de raciocínio, isso já será por si mesmo um bom exemplo. Você pode contar para ele o que você está aprendendo.
- Aprenda o nome de movimento de inferência básicos (por exemplo modus ponens, modus tollens) e use estas rótulos com suas crianças quando elas mostrarem suas próprias habilidades aos fazer esses movimentos. Isso irá reforçar sua percepção da significância de seus poderes mentais e afirmá-las no uso desses poderes.
- Encoraje seus filhos a pensar sobre as implicações de algo que eles disseram ou ouviram. Você precisa estar alerta para oportunidades para isso. Mas após estar nisso por algum tempo, você vai entrar em um ritmo natural. Eventualmente vai se tornar parte da sua rotina de interação com seus filhos. Como fazer isso? Eu vou guardar essa informação para outro post em outro momento.
- Ajude seus filhos a ler livros em seu nível escolar (ou acima!) que exemplificam e encorajam o pensamento crítico. Livros de mistério e suspense, cuidadosamente selecionados por sua sofisticação e interesse, podem ser úteis. Eu lia os Hardy Boys quando criança. Eu também gostava de Sugar Creek Gang.
- Se você está ensinando em casa (ou não), você pode incluir no curriculum algum material que ensina pensamento crítico. O livro (em inglês) The Fallacy Detective é um bom recurso para isso.

Posted on Monday, March 07, 2011 by Maurilo e Vivian

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segundas com termos da teologia hoje agostinho



Analogia da Fé (analogia fidei):



Princípio de interpretação em que os textos mais claros das Escrituras devem ser utilizados para interpretar passagens mais difíceis ou obscuras. Para Agostinho, a analogia da fé exige que a Bíblia nunca seja interpretada de forma que viole a súmula eclesiástica da fé cristã (ou seja, o Credo Apostólico). Para Lutero, Cristo é a analogia da fé, de maneira que a Bíblia sempre precisa ser interpretada em conta do fato de testificar de Cristo. Para Calvino, a analogia da fé pressupões que, em virtude de o Espírito Santo ter supervisionado a composição das Escrituras, estas e o Espírito, juntos, interpretam outras partes das Escrituras. 

Fonte: Dicionário de Teologia, edição de bolso. Ed. Vida.

Posted on Monday, March 07, 2011 by Maurilo e Vivian

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Sunday, March 06, 2011



Modus tollens é uma forma válida de argumento. Porque a forma é dedutiva e tem duas premissas e uma conclusão, modus tollens é um exemplo de silogismo (Um silogismo é qualquer argumento dedutivo com duas premissas e uma conclusão).
A frase em latim modus tollens traduzido literalmente, quer dizer modo de negação.
Mostrado de modo esquemático, essa forma de argumento se parece com o seguinte:

Premissa 1: Se A então B.
Premissa 2: Não-B.
Conclusão: Portanto, não-A.

Argumentos dessa forma são produzidos pela substituição das frases em português por A e por B. Por exemplo, suponha que A = “Casey é um cachorro” e B = Casey tem quatro pernas”. Podemos substituí-los da seguinte forma, para um argumento válido:

Premissa 1: Se Casey é um cachorro, então Casey tem quatro pernas.
Premissa 2: Casey não tem quatro pernas.
Conclusão: Portanto, Casey não é um cachorro.

Qualquer argumento dessa forma é válido. Mas nem todo argumento dessa forma é sólido. Para que um argumento ser sólido, ele deve atender a dois requisitos. Primeiro, precisa ser válido; segundo, deve possuir premissas verdadeiras. O argumento acima sobre Casey é válido, mas não é sólido. Por que? Porque a primeira premissa é falsa. Ela implica que todos os cachorros possuem quatro pernas. Mas essa generalização, infelizmente, não é verdadeira (no final as contas, Casey tem sim quatro pernas; portanto, a premissa 2 também é falsa).
Porque os argumentos modus tollens são sempre válidos, podemos extrapolar dessa forma de argumento uma regra de inferência como se segue:
“Sempre infira não-A da conjunção de duas premissas, se uma das premissas é uma declaração condicional da forma 'se A, então B', e a outra premissa nega B” (a ordem das premissas não importa).
Ressalva:
Tenha cuidado para não confundir modus ponens com modus tolendo ponens. Modus tolendo ponens é um argumento na seguinte forma:

Premissa 1: Seja A ou B.
Premissa 2: Não-A.
Portanto, B.

Posted on Sunday, March 06, 2011 by Maurilo e Vivian

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Modus ponens é uma forma válida de argumento. Porque essa forma é dedutiva e tem duas premissas e uma conclusão, modus pones é um exemplo de silogismo (Um silogismo é qualquer argumento dedutivo com duas premissas e uma conclusão).
A frase em latim modus ponens, traduzida literalmente quer dizer modo de afirmação.
Mostrado de modo esquemático, essa forma de argumento se parece com o seguinte:

Premissa 1: Se A então B.
Premissa 2: A.
Conclusão: Portanto, B.

Argumentos dessa forma são produzidos pela substituição das frases em português por A e por B. Por exemplo, suponha que A = ‘Casey é um cachorro’ e B = ‘Casey tem quatro pernas.’ Podemos substituí-los da seguinte forma, para um argumento válido:

Premissa 1: Se Casey é um cachorro, então Casey tem quatro pernas.
Premissa 2: Casey é um cachorro.
Conclusão: Portanto, Casey tem quatro pernas.

Qualquer argumento dessa forma é válido. Mas nem todo argumento dessa forma é sólido. Para que um argumento ser sólido, ele deve atender a dois requisitos. Primeiro, precisa ser válido; segundo, deve possuir premissas verdadeiras. O argumento acima sobre Casey é válido, mas não é sólido. Por que? Porque a primeira premissa é falsa. Ela implica que todos os cachorros possuem quatro pernas. Mas essa generalização, infelizmente, não é verdadeira.
Porque os argumentos modus ponens são sempre válidos, podemos extrapolar dessa forma de argumento uma regra de inferência como se segue:
“Sempre infira B da conjunção de duas premissas, se uma das premissas é uma declaração condicional da forma 'Se A, então B', e a outra premissa afirma A” (a ordem das premissas não importa).
Ressalva:
Tenha cuidado para não confundir modus ponens com modus tolendo ponens. Modus tolendo ponens é um argumento da seguinte forma:

Premissa 1: Seja A ou B.
Premissa 2: Não-A.
Portanto, B.

Posted on Sunday, March 06, 2011 by Maurilo e Vivian

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Como você apresenta o grande Reformador Protestante Martinho Lutero em 1000 palavras – mais uma foto e outra? Sua vida, suas obras, suas doutrinas, seu impacto? Um biografia padrão (Brecht) tem cerca de 1300 páginas. Talvez eu omita algumas coisas, mas aqui vai.

Martinho Lutero nasceu na pequena cidade de Eisleben, no centro da Alemanha, em 10 de Novembro de 1483; ali também morreu em 18 de Fevereiro de 1546. Ao nascimento de Lutero, o estado espiritual da igreja ocidental estava em um de seus maiores declínios na história. À morte de Lutero, a sorte política de seu movimento de renovação espiritual estava em seu mais baixo declínio. Em 1546, as forças combinadas do papa e do imperador ameaçaram erradicar da Alemanha a reforma que Lutero iniciou. Em Abril, menos de dois meses depois da morte de Lutero, o Concílio Católico Romano de Trento oficialmente decretou que a única interpretação válida da Bíblia era a deles! Então em Julho, forças do Imperador Carlos V confrontaram as forças da “Liga Schmalkaldic” dos territórios protestantes, os vencendo completamente no ano seguinte. Mesmo a cidade de Lutero, Wittenberg, foi capturada e seu príncipe deposto. Um observador poderia racionalmente ter visto os eventos de 1546 como marcas do fim da Reforma Protestante – pelo menos na Alemanha.

Quem foi o homem por trás desse movimento da reforma em constante perigo? Lutero iniciou o que deveria ser uma carreira acadêmica típica do final da época medieval. Lutero recebeu educação e depois começou a ensinar em Erfurt (1501-1511). Logo após receber seu mestrado em artes (1505), no entanto, ele abandonou sua carreira como advogado e entrou para o monastério Augustiniano em Erfurt. Negócios eclesiásticos o levaram a uma viagem memorável para Roma em 1511. Esse mesmo ano trouxe a transferência (permanente, como se tornou depois) para um posto de ensino na Universidade de Wittenberg, assegurado pela finalização de seu doutorado em teologia no ano seguinte (1512).

O Lutero “típico” termina em 31 de Outubro 1517 – que veio a ser conhecido como o Dia da Reforma – quando ele pregou suas 95 teses na porta da igreja do castelo de Wittenberg. Estas teses condenavam a venda de indulgências por parte da Igreja Católica Romana e muito do seu sistema de penitências. Lutero abordou seus oponentes teológicos em um debate em Heidelberg em 1518, mas somente em Junho de 1520 o Papa Leão X emitiu seu provocativo Exsurge Domine, dando a Lutero sessenta dias para se retratar ou encarar excomunhão. Lutero perdeu as datas limites, no entanto, em parte porque estava ocupado com três marcantes tratados: seu discurso Para a Nobreza Cristã da Nação Germânica (Agosto), apelo para os líderes políticos protestantes para assumir as responsabilidade pela Reforma; A Captura Babilônica da Igreja (Outubro), expondo os problemas bíblicos e teológicos com o ensino católico dos sacramentos; e A Liberdade do Cristão (Novembro), explicando brilhantemente a doutrina da justificação somente pela fé e o papel das boas obras na vida do crente. Assim, em 1520, Lutero havia adquirido um perfil internacional e havia sido convocado para aparecer na assembléia anual dos líderes governamentais do Sacro Império Romano. Em 1521, essa “dieta” (regime) imperial aconteceu em Worms – portanto a repugnante designação em inglês da “Deita de Worms” (worm é verme em inglês). Credo! Foi nessa dieta que Lutero apresentou sua famosa palestra “Aqui estou” (Hier stehe ich. Ich kann nicht anders / Aqui estou. Não posso renunciar), depois da qual um sequestro de mentira o retirou para longe por nove meses o protegendo no castelo de Wartburg em Eisenach.

Quando a ameaça de assassinato baixou, em 1522, Lutero retornou para Wittenberg e assumiu novamente sua obrigações universitárias e pastorais. Os últimos anos de Lutero se focaram menos na desconstrução dos erros e abusos católicos e mais na construção das doutrinas e práticas protestantes. 1522 viu a publicação de seu Novo Testamento em alemão (a Bíblia completa em Alemão em 1534). 1524 viu o primeiro hinário Protestante (oito canções, quatro por Lutero). O noivado com Katherine von Bora veio meio que inesperadamente em 1525, ainda assim Martinho e Katie tiveram um casamento maravilhoso, que incluiu seis filhos naturais e quatro adotados. Lutero compôs seu muito amado Pequeno Catecismo em 1529.

Em 1530, a propagação do Protestantismo dentro e além da Alemanha mais uma vez dominou a agenda da dieta imperial, mantido nesse ano em Augsburg. Lutero não podia arriscar aparecer nessa época, portanto, ele estava preventivamente barricado na poderosa fortaleza de Coburg. (Apesar de Lutero já ter escrito seu mais famoso hino, ele só apareceu em 1531.) Na dieta, os Protestantes Alemães, liderados pelo amigo de Lutero e colega da Universidade de Wittenberg, Philipp Melanchton, apresentaram a sua Confissão de fé de Augsburg ao Imperador Carlos V. Carlos deu a eles um ano para retratar-se ou iriam encarar forças militares. Em resposta, os territórios protestantes formaram a Liga Schmalkaldic (1531), mas levou-se mais quinze anos antes que a guerra realmente irrompesse.

Durante estes últimos quinze anos, Lutero se dedicou a ensinar através dos livros da Bíblia (ele apresentou sua famosa palestra sobre Gálatas em 1531; as palestras marcantes sobre Gênesis aconteceram entre 1535 a 1545!), pregação e treinamento pastoral para os vários protestantes que reuniram-se em Wittenberg para estudar com ele.

Infelizmente, mais da metade dos primeiros convertidos à reforma eventualmente retornaram para Roma. Mas pela graça de Deus Lutero foi bem sucedido em fazer a própria Bíblia e seu ensino da justificação pela graça somente, tão amplamente disponível para que a Reforma não seguisse o caminho de tantos outros movimentos de reforma medievais que Roma no final das contas acabou varrendo para o canto.

Posted on Sunday, March 06, 2011 by Maurilo e Vivian

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No último mês temos estudo um pouco sobre economia, investimento, bolsas de valore e esse tipo de coisa. E temos pensado bastante sobre as instruções da Bíblia sobre administração de nossas posses e nosso dinheiro. Um dos livros que mais traz instruções para isso, inclusive em relação à macroeconomia é o livro de Provérbios, que muitos governos fariam muito bem em seguir.
Navegando pelo internet, encontramos esse breve estudo sobre os princípios para o sucesso material. Esses princípios funcionam da mesma forma que o livro de Provérbios: faça tal coisa e no geral você vai se dar bem. Mas não é uma garantia. Não existe nada aqui que se você fizer, com toda certeza terá o resultado esperado. E sucesso material aqui não é entendido como ficar rico e milionário, ser chefe irá te amar e dar um gordo aumento e coisas do tipo oferecidas em igrejas como a Universal e a Mundial do Reino de Deus. Nada disso. Nada de barganha com Deus. Somente alguns princípios bíblicos para que você administre aquilo que Deus colocou em sua mão com sabedoria e principalmente, para se livrar das dívidas.
Esperamos que seja útil.

wf02_Princípios Divinos para o Sucesso Material

Posted on Sunday, March 06, 2011 by Maurilo e Vivian

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Saturday, March 05, 2011





Nesse canto, nós temos o nosso amigo, o Sr. Rato de Biblioteca. Ela ainda não tem 30 anos. Ele é muito inteligente. Ele lê Calvino, Edwards, Lutero e Bavinck. Ele conhece Warfield e Hodge, além de Piper e Carson. Desde que veio ao Senhor, na faculdade, o Sr. Rato de Biblioteca está pegando fogo no aprendizado. Ele ouve dúzias de sermões semanalmente em seu iPod. Ele tem um melhor entendimento dos debates teológicos atuais do que a maioria dos pastores. Ele ama conferências cristãs, as com bastante alimento. O Sr. Rato de Biblioteca conhece tudo de hermenêutica, propiciação, teologia da aliança, o princípio regulativo e a ordo salutis. Ele está até aprendendo sozinho um pouco de grego. Hebraico e Latim estão na lista. E se tiver tempo, ugarítico.

O Sr. Rato de Biblioteca é inteligente, sério sobre sua fé e deseja genuinamente servir ao Senhor. Mas ele tem uns vinte e poucos anos e não é muito maduro. Em questão de conhecimento, ele joga na serie A, mas em questão de maturidade, está no série D. Ele não tem pecados horrendos, só alguns bem chatos. Na escala verdade-graça, ele é totalmente verdade. Ele é desagradável, beirando o abrasivo. Falta totalmente para ele o senso de proporcionalidade. Ele não consegue perceber que um debate sobre apologética pressuposicional versus evidencialista não é tão sério quanto um debate entre Atanásio versus Arianismo. Tudo para ele é da mais alta importância porque não existe outro tipo de questões.

Para piorar, o Sr. Rato de Biblioteca fala muito. Ele vê cada conversa como uma batalha forense pronta para acontecer. Ele tem uma opinião para tudo. Ele não faz perguntas. As pessoas tem medo dele e não sabem por que. Com exceção daqueles em total acordo com ele, o Sr. Rato de Biblioteca não tem muitos amigos. Ele não está tentando ser rude ou arrogante. No final das contas, ele até poderia ser um rapaz mais agradável. O problema é que ele tem todo esse conhecimento e ele não sabe como usá-lo de uma forma mais sábia ou cativante.

No outro canto, está o Sr. Fé Simples. Ele é cristão há mais de 40 anos. Ele ora e lê sua Bíblia todos os dias. Ele criou quatro filhos cristãos. Ele está casado por mais de 30 anos. Ele é tranquilo, sincero e muito respeitados por todos. Mas ele não é um grande leitor. Ele nunca foi. Ele lê dois, três livros por ano, um deles pode ser um livro cristão, normalmente algo popular e bem leve. O Sr. Fé Simples tem instintos teológicos decentes. Ele sabe que a Bíblia é verdade, Jesus é o único caminho, o inferno é real e que você não pode ganhar sua salvação pelas suas obras. Ele é ortodoxo, mas bem ignorante além do básico e, francamente, ele não está muito interessado.

Então, quem você teria como ancião em sua igreja? O Sr. Rato de Biblioteca é mais impressionante, mas o Sr. Fé Simples provavelmente tomará melhores decisões e será melhor recebido pelos membros da congregação. Pessoalmente, eu prefiro maturidade ultrapassando o conhecimento ao invés do contrário.

Aprendendo a Dirigir Corretamente

Não é necessários dizer que o objetivo era ter ambos. Um cristão maduro com pouco conhecimento teológico não está vivendo o seu potencial. Um cristão com conhecimento mas com pouca maturidade tem potencial que ele não sabe como usar.

Um cristão imaturo mas teologicamente astuto é como uma criança de cinco anos pilotando um helicóptero Apache. Aqui está essa enorme arma, ela pode destruir argumento e nos defender contra as heresias. Ele pode elevar-se até os céus e vislumbrar coisas gloriosas que nenhum outro vê ao nível do mar. Este helicóptero teológico é bom para busca e resgate, tanto quanto para busca e destruição. Qualquer exército congregacional adoraria ter esse veículo. É rápido. É furioso. É impressionante. Mas também é perigoso. E com um garoto de cinco anos por três do volante (ou seja lá o que for que dirige um helicóptero) alguém vai acabar se machucando. Não é errado uma criança ter um helicóptero, mas seria bem melhor se ele crescesse e tivesse algumas aulas de pilotagem antes de levar o equipamento para uma volta.

Por outro lado, um cristão maduro com o mínimo de conhecimento teológico é como um homem de 45 anos dirigindo um triciclo. Se eu tivesse que escolher, eu escolheria o homem de 45 anos no triciclo, mas somente porque ele é menos perigoso que o garoto piloto de cinco anos. Em um mundo perfeito, o homem de 45 anos aprenderia a dirigir algo para adultos. Claro, ele pode andar por aí em um triciclo. Mas ele não pode ir muito longe e muito rápido. Ele é limitado em relação aquilo que ele pode ver e experimentar. Ele não consegue repelir os inimigos ou alcançar novos patamares. Ele é firme, mas não o melhor que pode ser.

O objetivo no discipulado cristão é que não tenhamos que escolher entre garotos pilotando helicópteros e adultos andando de triciclos. Nós queremos os mais maduros pilotos à frente das mais intricadas máquinas. O nosso alvo é que o Sr. Conhecimento cresça para o Sr. Cabeça e Coração e que o Sr. Fé Simples aprenda a ser o Sr. Verdade Profunda.

E se nossas congregações não atingiram esse equilíbrio ainda, podemos ao menos prover um instrutor seguro para as crianças e dar o pontapé inicial para o treinamento dos adultos.

Posted on Saturday, March 05, 2011 by Maurilo e Vivian

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Tuesday, March 01, 2011


Muita gente tem uma visão distorcida sobre a ciência. Para muitos, especialmente para os naturalistas, a ciência é um empreendimento humano neutro e isento, que só se fundamenta naquilo que sabemos com 100% de certeza e que nunca é influenciada por pressupostos filosóficos. Na verdade, qualquer um que tiver o mínimo de treinamento em filosofia da ciência, poderá dizer o quão errado está essa visão.
Para que a ciência possa começar, é necessário uma série de pressupostos filosóficos que, a priori, não podem ser provados através da ciência. Ou seja, apesar de serem fundamentos para a prática da ciência, esses pressupostos não podem ser provados cientificamente. Ainda assim, não são considerados como falsos, uma boa dica que a ciência não é a única fonte de conhecimento para a humanidade.
Veja abaixo uma lista com esses pressupostos. Essa lista foi tirada do livro Philosophical Foundations for a Christian Worldview, de William Lane Craig & J.P. Moreland.

Aqui está uma lista das pressuposições da ciência: (1) a existência de um mundo externo independente de teoria; (2) a natureza ordeira do mundo exterior; (3) a cognoscibilidade do mundo exterior; (4) a existência da verdade; (5) as leis da lógica; (6) a confiabilidade em nossas faculdades cognitivas e sensoriais para servir como coletores da verdade e como uma fonte para crenças verdadeiras justificadas em nosso ambiente intelectual; (7) a adequação da linguagem para descrever o mundo; (8) a existência de valores usados na ciência (ex: “teste as teorias de forma justa e reporte os resultados de forma honesta”); (9) a uniformidade da natureza e indução; (10) a existência dos números.

Posted on Tuesday, March 01, 2011 by Maurilo e Vivian

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