Wednesday, November 30, 2011




Há pouco mais de um ano nossa igreja começou a dedicar um culto de domingo à noite por mês para oração. Honestamente, eu não tinha certeza se ia funcionar. Mas passado um ano do início eu acredito que nosso pessoal está crescendo em apreciação pelo culto de oração mais e mais. Não conseguimos que todos voltem para a oração, mas é praticamente o mesmo número de pessoas que recebemos para nosso culto regular do domingo à noite (cerca de 125 ou ¼ do número dos cultos no domingo pela manhã*).

Aqui estão sete coisas que eu aprendi sobre ter uma reunião de oração na igreja:
1. Ore. Não torne a sua “reunião de oração” em um momento para cantar 5 hinos, uma pequena mensagem, pessoas compartilhando pedidos e 10 minutos finais de oração. Ponha a mão na massa e ore.

2. Comece no horário e termine no horário. Isso pode não ser verdade para todas as culturas, mas nos Estados Unidos a pontualidade ajuda. As pessoas sabem o que esperar. Nós oramos por uma hora.

3. Planeje-se. Se você está orando com alguns irmão mais maduros, acostumados com a oração, você talvez conseguirá seguir com a reunião com pouca preparação. Mas liderar uma reunião de oração para a igreja como um todo exige liderança. Você precisa pensar naquilo que vai fazer. Recentemente eu planejei uma reunião de oração em torno dos frutos do espírito. Em outros momentos oramos pelos diferentes ministérios da igreja. Nós usamos livros de oração e muita Bíblia. Nós tomamos emprestado antigos padrões de oração. Nós até andamos ao redor do prédio enquanto orávamos. A questão é: você não pode enrolar 100 pessoas. Você deve se preparar.
E uma vez na reunião, você precisa liderar também. Dirija as pessoas. Coloque o grupo de volta nos trilhos. Mostre para o seu pessoal que esse é um evento importante que tem garantido a sua atenção, a sua paixão e a sua preparação. Se vocês começaram a reunião de oração porque o seu pastor estava cansado de pregar todo domingo à noite, as pessoas vão perceber. Faça da reunião de oração uma prioridade e aja de acordo.

4. Varie e separe a noite em pedaços menores. A nossa reunião de oração passa bem rápido porque fazemos várias coisas pela noite. Podemos cantar uma canção (uma ou duas) como uma oração. Podemos usar um formulário de oração. Podemos ler uma oração de forma responsiva. Podemos ter um tempo de silêncio. Podemos ter uma pessoa dirigindo a oração do púlpito. Podemos nos separar em pequenos grupos para oração. Fazemos diferentes coisa ao curso de 60 minutos. Normalmente cada parte tomar de 5 a 10 minutos.

5. Faça com que seus lideres estejam lá. A reunião de oração não irá vingar se o pastor não estiver por trás dela. Isso não significa que o pastor precisa estar em cada reunião de oração. Mas se você quer começar, aumentar ou reviver uma reunião oficial de oração as pessoas precisam ver que ela importa para os pastores e líderes. Eu geralmente lidero nossas reuniões de oração.

6. Fique com as crianças. Eu sei que deixar as crianças em um culto, ainda mais em um culto de oração, é desafiador. Nós temos um berçário para os recém-nascidos e bebês de colo nos domingos à noite. Mas uma das coisas mais legais sobre a nossa reunião de oração é que muitas crianças estão presente. Eles ficam nos grupos pequenos (quando separamos em grupos) e muitas vezes contribuem com os adultos. Eu não tenho palavras para descrever minha alegria quando um dos meus filhos ora em nosso círculo. Eu também me alegro que eles estão vendo a oração como modelo por outros crentes de fora de sua família e de todas as faixas etárias. Eles ouvem confissões, louvores e súplicas assim como todo mundo. Nós estamos ensinando nossos filhos a orar através do culto de oração. Também estamos mostrando que a oração realmente importa.

7. Seja persistente. Oração é trabalho duro. Oração é um dom, mas também uma habilidade para se aprender e desenvolver. Não desista se parecer estranho no começo ou se as pessoas não aparecerem. Seja fiel e ore continuamente.

*Nota do tradutor: nas igrejas cristãs nos Estados Unidos, o principal culto da semana é o culto do domingo pelas manhãs, que costuma receber o maior número de pessoas, diferentemente do Brasil, onde o principal culto acaba sendo o de domingo à noite.

Posted on Wednesday, November 30, 2011 by Maurilo e Vivian

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Tuesday, November 29, 2011


Na primeira parte do texto, partindo de uma ilustração da série TheWalking Dead, vimos que as pessoas vão para o inferno por causa de seus próprios pecados. Vimos que as boas obras em nada podem ajudar nessa questão e que podemos ir para o céu por causa da dupla obra de Cristo, morrendo na cruz por nós e vivendo uma vida perfeita em nosso lugar. A bondade de Cristo é colocada em nós e a nossa maldade colocada sobre ele. A melhor de todas as trocas!
Mas vamos à segunda pergunta de Eugene, o personagem da série. Ela se resume no seguinte: “e todos aqueles que nunca ouviram falar em Jesus Cristo? Os Astecas, os sumérios, os nativos de Papua Nova Guiné? E as pessoas boas que existiram nessas civilizações, mas foram para o inferno simplesmente porque nunca souberam sobre Jesus? É justo alguém passar a eternidade no inferno só porque não tinham consciência da existência do cristianismo?”

A primeira coisa que alguém deve ter em mente é o seguinte: por que as pessoas vão para o inferno? Como vimos na primeira parte, o que leva alguém à condenação eterna no inferno são seus próprios atos. Uma pessoa vai para o inferno como resultado de sua rebelião contra Deus. Não é o fato em si de não conhecer ou não acreditar em Jesus como seu salvador pessoal que condena a pessoa. Apesar da descrença ser um pecado em si mesmo, não temos temos pessoas perfeitas andando por aí que nunca cometeram um único pecado contra Deus, mas que por uma pequena questão geográfica ou histórica não foram avisadas sobre o caminho da salvação e acabaram infelizmente no inferno. Todos pecaram (Rom 3:23), todos! Lembre-se disso. Aquele que vai para o inferno vai pelas suas próprias ações. A imagem de um Deus sádico que fica brincando de uni-duni-tê com seres humanos, lançando esse para o inferno e aquele para o céu não é uma caracterização bíblica. Muito pelo contrário. A imagem que a Bíblia nos passa é de um Deus amaroso, que apesar de ter dado toda a criação para o ser humano desfrutar, recebeu nada mais do que rebelião e desprezo daqueles que deveriam amá-lo totalmente. Por muito menos nós seres humanos teríamos lançado nossa própria raça no inferno por toda a eternidade e sem menor chance de escapar. Não é isso o que acontece nas Escrituras. “Deus retribuirá a cada um conforme o seu procedimento” Romanos 2:6.
O asteca que morreu e foi para o inferno o fez por conta de suas próprias ações. Assim também como os sumérios ou os nativos de Papua Nova Guiné. Alguém poderia dizer: “mas eles não conheciam Deus!” Isso não é verdade. Veja o que diz Romanos 1:20-23:
“Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis; porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e os seus corações insensatos se obscureceram.
Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos e trocaram a glória do Deus imortal por imagens feitas segundo a semelhança do homem mortal, bem como de pássaros, quadrúpedes e répteis.”
A criação de Deus aponta para Ele. Aponta para a existência de um criador. “Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos” Salmos 19:1. Nenhum ser humano poderá chegar perante Deus e dizer: eu não sabia que você existia. Eu não tinha evidências para isso. Deus nos deu todo o universo como evidência para sua existência. Existe uma enorme luta por parte de muitos para tentar negar essa verdade. Todo tipo de teoria ou idéia é levantada. As coisas mais absurdas estão sendo ditas e aceitas como verdade, veja o caso de Stephen Hawking. Mas por mais que se corra pra lá, corra pra cá, a conclusão final sempre será a mesma: ex-nihilo, nihil fit (do nada, nada se cria). Para mais informações sobre isso, leia a postagem Argumento Cosmológico.
Isso também é conhecido como Teologia Natural, ou seja, o que podemos aprender sobre Deus a partir da observação da natureza. E podemos aprender muita coisa sobre Deus e quem Ele é. Apesar de não termos na Teologia Natural o suficiente para desenvolvermos uma fé salvífica, existe o suficiente para que não possamos ser considerados inocentes. Um dia ainda vou escrever uma postagem sobre Teologia Natural e como inferir tanto a existência quanto quem é esse Deus.
Um outro ponto importante também é que nem todos serão julgados da mesma forma. Existem diferentes punições e também julgamentos diferentes: “Todo aquele que pecar sem a lei, sem a lei também perecerá, e todo aquele que pecar sob a lei, pela lei será julgado” Romanos 2:12.
Talvez, ainda assim parece um pouco injusto que existam pessoas que nunca ouviram falar de Cristo. Eu concordo. Mas a culpa disso não é de Deus. É nossa. A igreja possui uma grande ordenança para ir e pregar o evangelho.
O mais incrível de tudo isso pra mim é que Paulo afirma em Gálatas 4:4 que “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei”. Hoje estamos à beira de 7 bilhões de pessoas no planeta. Quando Cristo veio, a população mundial era de cerca de 200 milhões de pessoas! Praticamente toda a população atual do Brasil! De todas as pessoas que já viveram no planeta, a esmagadora maioria viveu e vive sob a época da Graça do cristianismo. E se o mundo todo ainda não ouviu sob o cristianismo, a culpa é nossa. A culpa é apenas dos cristãos.
Temos também ouvido relatos sobre eventos incríveis que acontecem nos países mais fechados, como por exemplo nas nações islâmicas, onde muitos tem ouvido falar sobre Cristo das maneiras mais diferentes possíveis, desde cópias esquecidas do filme Jesus até sonhos daqueles que leram no Alcorão sobre Jesus (Issa). Essas histórias nos trazem esperança e alegria (além de muito temor) sobre as ações de Deus na salvação daqueles que Ele deseja salvar.
O último ponto que eu gostaria de abordar é exatamente o último comentário de Eugene. Ele diz assim para o Padre Gabriel:
“Porque ele simplesmente não pode aparecer um dia no céu e dizer 'me idolatrem'? Isso eu poderia aceitar”.
A aparição de Deus nos céus traria dois problemas para os céticos. Primeiro, eles não teriam escolha, já que negar a existência de Deus em uma situação como essa seria uma tremenda burrice. Eles simplesmente não teriam escolha. E por não terem escolha, poderiam muito bem acusar Deus de ser tirano e forçar toda a humanidade a aceitá-lo e adorá-lo. Se já chamam Deus de tirano por muito menos...
Também é bem possível que a aparição de Deus nos céus gerasse todo tipo de explicação que negasse que o evento realmente aconteceu. Esse é o caminho natural de muitos homens que tentam negar todas as outras evidências para a existência desse Deus. Fazemos isso com a criação, com as verdades morais que apontam um legislador moral, com o design que vemos na criação, com a ressurreição de Cristo como evento histórico. Se Deus aparecer nos céus clamando por adoração, teremos logo em seguida uma turba de cientistas explicando como esse evento sobrenatural poderá ser explicado de forma natural.
Mas vamos supor que ninguém negue o evento. Vamos supor que todos aceitem que aquele que está aparecendo no céu é realmente Deus. Ainda assim, não tenho certeza que as pessoas irão se submeter a Ele, por um simples motivo: a negação da existência de Deus não é uma questão de evidências, mas sim uma questão de vontade. A Bíblia reconhece isso. No livro de Apocalipse, muitas coisas incríveis estão acontecendo. Morte, guerra, fogo, coisas que o homem nunca tinha visto, não naquela intensidade. Ainda assim, o texto diz: “E não se arrependeram dos seus homicídios, nem das suas feitiçarias, nem da sua prostituição, nem dos seus furtos” Apocalipse 9:21.
O ceticismo de Eugene dificilmente teria acabado com uma aparição sobrenatural no céu. Se o universo não é suficiente, nada mais seria.
Enfim, se o Padre Gabriel tivesse estudado um pouco mais de teologia e tivesse algumas ferramentas de apologética em seu cinto de utilidades, teria feito um trabalho bem melhor em responder às perguntas do cético Eugene. Muitos cristãos se encontram nessa situação.
Como você se sairia se estivesse no lugar do Padre Gabriel? Você está “sempre preparado para responder com mansidão e temor a qualquer que lhe pedir a razão da esperança que há em você?” (1 Pedro 3:15).

Posted on Tuesday, November 29, 2011 by Maurilo e Vivian

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Monday, November 28, 2011

segundas com termos da teologia hoje agostinho



Ascetismo:



Esino segundo o qual a espiritualidade é alcançada por meio da renúncia dos prazeres físicos e dos desejos, concentrando-se o indivíduo em questões "espirituais". O próprio Jesus defendeu certas práticas como o jejum (Mt 9.15) ou - pelo menos para algumas pessoas - o celibato (Mt. 19.12), a favor do reino; entretanto, alguns cristãos sobrestimaram o papel das práticas ascéticas. Isso levou o apóstolo Paulo a afirmar que o ascetismo em si é insuficiente como meio de escapar do pecado (Cl. 2.20-23). Infelizmente, muitas vezes se verifica a continuidade do ascetismo, com base na suposição de que o corpo é mau, sendo causa suprema do pecado - conceito sem nenhuma base bíblica.

Fonte: Dicionário de Teologia, edição de bolso. Ed. Vida.

Posted on Monday, November 28, 2011 by Maurilo e Vivian

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Sunday, November 27, 2011



Sabe, tenho me lembrado nos últimos dias de um senhor que eu conheci há alguns anos, cujo nome é Esli, Pr. Esli. Quando o conheci ele devia ter uns 70 anos de idade. Era um senhor magro e miúdo, cabelos cinza, quase brancos, e bem penteados para trás; usava uma roupa puída, porém limpa, e seus sapatos não eram diferentes, engraxados, mas bem gastos.

Ele chegou numa caminhonete velha - engraçado me lembrar de tantos detalhes -, mas a simplicidade daquele homem me chamou a atenção. Ele foi indicado para dirigir o culto de jovens daquela noite, na Igreja em que eu frequentava na época, e convenhamos, para o nosso "maravilhoso" gosto cristão pós-moderno aquele senhor estava fora dos padrões de um bom pregador... Afinal, o melhor para Deus deveria incluir umas roupas mais novas e quem sabe um pregador mais novo, ainda mais em se tratando de um culto voltado para jovens. Mas já estava em cima da hora para ter gostos pós-modernos (Graças a Deus!).

Ao chegar ele abriu a caminhonete e começou a tirar o equipamento que ia usar, era um daqueles projetores de cinema bem antigos, que utilizam rolos de filmes armazenados em latões redondos e que fazem um barulho peculiar quando estão rodando. Aquele senhor de aparência frágil e com um sorriso estampado no rosto começou a tirar as partes do equipamento, que pareciam pesar uns 20 quilos, como se fosse nada. Não acreditamos na força que ele tinha.

Montado e pronto o equipamento, o simpático Pr. Esli se apresentou brevemente e disse que ia passar um filme que contava a história de um surfista que encontrou a Cristo. Quando o filme terminou ele foi à frente e contou brevemente como, afinal de contas, havia parado ali com seu velho Projetor. Ele disse que se converteu muito jovem e que a Verdade do Evangelho impactou tanto a sua vida que desde então nunca mais conseguiu parar de falar de Cristo.

Ele não nos contou muitos detalhes, ou talvez não me lembre de todos, mas disse que havia conseguido aquele equipamento há muito tempo e desde então começou a visitar presídios, escolas, praças, cidades, passando filmes evangelísticos e levando a mensagem da Cruz. Em um ponto da sua vida ele e sua esposa se aposentaram e venderam o pouco que tinham para comprar um trailer no qual eles vivem hoje e com o qual viajam pelo Brasil, levando seu projetor de filmes, falando do amor do Mestre, compartilhando simplesmente o evangelho do Cristo que morreu na cruz para que tenhamos vida eterna.

Eu quis partilhar essa pequena história porque tenho me sentido constrangida nos últimos tempos e sentido muita falta do evangelho singelo e puro. Conhecer esse senhor foi uma das coisas que mais marcaram a minha vida. Sei que existem ainda hoje muitos outros homens de Deus e conheci alguns, mas a simplicidade e desapego daquele homem e a sua forma não rebuscada antes simples, sincera e verdadeira de falar de Cristo me emocionaram naquela noite, e ainda me emocionam quando lembro.

Ele não é conhecido na mídia, não tem muitos recursos, jamais ouvi falar dele em lugar algum, mas ele possui o que realmente importa: Ele tem verdadeiramente a Cristo como seu Senhor e Salvador, e o evangelho ardendo em seu coração.

Desejo que histórias como a do Pr. Esli nos façam lembrar o que realmente importa que preguemos e vivamos, e que esse exemplo de simplicidade possa nos fazer lembrar o que Jesus Cristo veio fazer na terra, em nós e através de nós. Finalizo com o agradecimento ao Maurilo e Vivian, donos e criadores desse blog, pelo convite para escrever aqui. Um abraço. Sua Sempre. Raquel Magalhães


"Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão-somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus." Atos 20:24 - NVI

Posted on Sunday, November 27, 2011 by Maurilo e Vivian

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Eu gosto da série The Walking Dead. Conheci os quadrinhos por causa da adaptação da série para a televisão, que está sendo feita pela AMC e aqui no Brasil passa no canal Fox. Eu sei que é uma série de horror sobre zumbis, mas eu gosto de acompanhar histórias sobre pessoas tentando sobreviver. Semana passada saiu o episódio 91 nos Estados Unidos. E pelo jeito tem reviravolta chegando em Alexandria (essa última frase foi só para aqueles que estão acompanhando os quadrinhos).
Como tudo pode virar assunto teológico em um blog sobre cristianismo, leiam abaixo uma página do quadrinho. Acho que podemos aprender algo aqui. Mas antes, vamos ambientar a cena. Temos dois sobreviventes conversando. Um é Eugene, que se apresenta como cientista. É o cético nessa discussão. O outro personagem é o Padre Gabriel, um ministro religioso (não dá pra saber se católico ou anglicano) e em teoria deveria representar a visão cristã de mundo. Os dois estão caminhando pela floresta, procurando por comida ou madeira e começam a conversar.

Essa é uma conversa fictícia mas eu tenho certeza que muitas pessoas já tiveram essa conversa ou já pensaram sobre essas coisas. Talvez esse seja um tipo de empecilho para que alguns se cheguem até a fé cristã. Como disse Eugene, se essas questões fossem resolvidas ou então por que Deus “não pode aparecer um dia no céu e dizer “me idolatrem? Isso eu poderia aceitar”. Vamos responder a tudo isso (incluindo esse último comentário sobre “aparições no céu”).

Apesar de ser uma dúvida comum entre muitos, mesmo entre cristãos, a questão toda tem uma resposta simples dentro do cristianismo. Muita gente acha que não, mas isso é mais um reflexo da forma como muitos encaram o cristianismo, como uma crença mítica sem fundamento, ao invés da forma como o cristianismo é apresentado nas Escrituras, uma fé histórica fundamentada em evidências, que se encaixa perfeitamente na forma como o mundo é.
Tudo teria sido bem mais fácil se o ministro tivesse dito “não” à primeira pergunta ao invés de responder “exatamente”. Eugene afirma perguntando se as condições para se entrar no céu são “não só fazer boas ações e não fazer más ações, assim como aceitar Jesus Cristo como seu salvador pessoal, é isso?” Não! Não é isso. Não é nada disso que o cristianismo bíblico ensina. Um pouco de teologia vai nos ajudar muito aqui.
Primeiro, nenhuma boa ação vai te levar para o céu. Nenhuma. Você pode fazer toda boa ação do mundo, mas nada disso irá te colocar um milímetro mais próximo do céu. O famoso texto de Efésios 2:8-9 assim afirma: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie”. A graça imerecida de Deus para nós nos permite chegar ao céu. Não são nossas obras que nos tornam aceitáveis para Deus. Até porque a própria Bíblia diz que “Somos como o impuro — todos nós! Todos os nossos atos de justiça são como trapo imundo” (Isaías 64:6) Todos os nossos bons atos, nossos atos de justiça, ficam pálidos e vazios quando são apresentados perante Deus, porque eles são apresentados por seres imundos e pecaminosos, como todos nós.
Se você acha que é uma boa pessoa, veja o que a Bíblia diz sobre isso: “pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Romanos 3:23) e também “Como está escrito: "Não há nenhum justo, nem um sequer" (Romanos 3:10). Nenhum de nós é bom. Todos nós, todos, já violamos algum dos mandamentos de Deus, ou seja já pecamos. Alguns já violaram todos e mais de uma vez. Pense, quantas vezes você já mentiu? Quantas vezes já pegou algo que não era seu? Quantas vezes você fez exatamente o contrário daquilo que deveria fazer? Todos nós já fizemos isso. E exatamente porque pecamos, não é possível que nossas boas obras possam ser usadas a nosso favor. Vou apresentar um cenário fictício. Imagine que eu tenha uma irmã e ela seja estuprada e morta por um homem. Esse homem é preso e levado a julgamento. O juiz se dirige ao criminoso e diz: “você estuprou e matou aquela jovem. O que tem a dizer em sua defesa?” Ele responde: “seu juiz, eu sei que estuprei e matei a moça. Mas eu não sou uma pessoa ruim. Eu doei milhões de reais para obras de caridade, eu ajudo todas as velhinhas da minha vizinhança a atravessar a rua, eu salvei milhares de gatinhos do alto das árvores, visito asilos, distribuo comida para os moradores de rua. Eu sei que violei a lei, mas todo mundo já violou uma vez ou outra na vida”. Pense bem, você acha que um bom juiz deveria deixar o criminoso livre? Não. Se ele é um bom juiz, ele vai aplicar justiça. E por mais boas obras que o criminoso tenha feito, nenhuma delas pode reparar os danos causados por seus crimes. Da mesma forma, por mais boas obras que fazemos, nenhuma delas pode reparar os danos causados pelo nossos pecados cometidos contra um Deus tão perfeito e santo. Ele deve aplicar justiça. É a única maneira de Ele realmente ser bom. E a justiça de um Deus eterno e totalmente santo implica uma punição à altura, que seja eterna e reflita a sua santidade. Ou seja, o inferno (Mateus 25:41). Veja que as pessoas vão para o inferno por sua própria conta, pelas suas próprias ações. É importante perceber isso. As pessoas vão para o inferno porque pecaram contra Deus.
Portanto, as boas obras em nada servem para nossa salvação. E é aí que Jesus Cristo entra.
Quando Jesus Cristo entra em cena, a punição que nós deveríamos receber pelos nossos pecados foi colocada sobre ele na cruz. Ele morreu em nosso lugar. Nosso pecados foram perdoados pela morte expiatória de Cristo. Aqueles que colocaram sua fé em Jesus Cristo receberam esse perdão. Mas isso só nos leva até um certo ponto. Estamos perdoados, livre do inferno. Mas somente a morte de Cristo não nos garantiria a entrada no paraíso. Precisamos de algo mais e esse mais também nos é dado por Jesus Cristo. Para entrar no céu, precisamos ser perfeitos (leia Apocalipse 21). Mas mesmo com nossos pecados perdoados, jamais seríamos perfeitos. Então, o que fazer? Jesus não somente morreu por nós, mas viveu uma vida perfeita, sem pecado, em nosso lugar. E para aqueles que colocarem sua fé em Jesus, a bondade de Cristo entrará como crédito para eles e poderão entrar no céu. Um dos mais lindos versículos da Bíblia traz esse ensino de forma bem explícita: “Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Coríntios 5:21).
Mas e as boas obras? Não possuem nenhum papel nisso? Como uma vez um mórmon me disse “Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta”
(Tiago 2:26). Mas esse texto não diz que somos salvos pelas obras. Temos outros textos mais claros sobre esse assunto (Efésios 2:8,9; Tito 3:4,5), o texto diz que as obras são sinais da fé. Não diz que são sua causa. Quando vamos verificar se uma pessoa inconsciente está viva ou não, procuramos pelos sinais de vida. Esses sinais são reflexo da vida, mas não são a sua causa. O pulso radial é um sinal do batimento cardíaco, mas não é a sua causa. Da mesma forma, as obras são sinais da existência da fé, mas não a sua causa. Esse é um pequeno detalhe que faz toda a diferença e diferencia o cristianismo bíblico de todas as outras seitas pseudocristãs que colocam as obras como causa da salvação de um indivíduo. Todas as religiões dizem: faça. O cristianismo bíblico diz: está feito!
Portanto, toda a caracterização que Eugene fez está errada de acordo com a Bíblia. E se o Padre Gabriel tivesse feito as correções necessárias ao comentário de Eugene, teria tido uma maior facilidade para responder a todas as outras questões.
Mas como esse primeiro texto já ficou muito grande, vou deixar você pensando sobre tudo isso e esclarecer as outras dúvidas na segunda parte desse texto.

Posted on Sunday, November 27, 2011 by Maurilo e Vivian

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Saturday, November 26, 2011

Olha a minha falha! Foi aniversário de Martinho Lutero dia 10 de Novembro. Ele nasceu no ano de 1483 e é um dos principais nomes da Reforma Protestante. Se você não sabe nada sobre ele (vergonha se for protestante/evangélico) clique em cima do nome e você será direcionado para uma postagem com uma breve informação sobre ele.
E pela importância do Dr. Luther para todos nós protestante, especialmente os que continuam na tradição reformada, quero parabenizar (atrasado) meus irmãos luteranos que tenho certeza não esqueceram da data (não esqueceram né? Nem os luteranos não tão luteranos assim, certo?).
E para celebrar essa data já passada, estou postando dois vídeos. Um, do trailer do filme “Lutero” (legalzinho) e outro da famosa canção “Castelo Forte é o Nosso Deus”, cantada, é claro, em alemão. Aliás, queria um belo coral cantando em alemão mas não achei no YouTube. Se alguém de algo assim, me avise.
E é com uma bela caneca de weissbier na mão que eu digo para meus irmãos luteranos: Hier stehe ich, ich kann nicht anders. Gott helfe mir. Amen.


Posted on Saturday, November 26, 2011 by Maurilo e Vivian

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Wednesday, November 23, 2011


Por Alan Shlemon – Stand To Reason

Existe um “gene gay” e isso deveria mudar nossa forma de ver o comportamento homossexual, se existir?

Para muitas pessoas, dizer que os homossexuais nascem dessa forma é tão axiomático quanto dizer que a Terra gira em torno do sol. Nenhuma razão racional existe para rejeitar essa afirmação. Os únicos que discordam, dizem, são aqueles que ou são ignorantes dos fatos científicos ou homofóbicos ou intolerantes (lê-se: cristãos). Mas essa afirmação está cheia de problemas. Mas antes de considerá-los, vamos fazer uma sugestão tática.

Muitos cristãos ficam na defensiva quando alguém diz que a homossexualidade é congênita. Eles tentam responder com razões pelas quais a afirmação é falsa. Mas isso é um erro. Não existe nenhuma necessidade de se responder a esse desafio já que a afirmação é apenas isso: uma afirmação. E uma afirmação sem evidências é apenas uma opinião. Não existe nenhuma razão para achar que isso é verdade.

Ao invés de defender as suas convicções, faça com que eles defendam a deles. Já que são eles que estão fazendo uma afirmação, a responsabilidade de prová-la é deles. Pergunte: “quais evidências você tem que os homossexuais nascem dessa forma?” Muitas vezes eles não tem uma resposta. Eles estão repetindo o que eles ouviram de outros, mas não possuem evidências para dar suporte a isso.

Ao invés disso, pessoas algumas vezes irão apelar para experiência. Dirão que homossexuais muitas vezes dizem se sentirem diferentes de seus colegas desde muito cedo, sugerindo que nasceram assim. Mas as experiências pessoais raramente são um indicativo de verdade científica e não podem contar como evidências que a homossexualidade é biologicamente determinada. Portanto, antes de discutir os méritos da afirmação, lembre-se que eles possuem a responsabilidade de prover as evidências para sua opinião.

Com essa tática em mente, vamos olhar para três problemas com essa afirmação. A primeira é a mais escandalosa. Uma simples checagem de fatos científicos demonstra que não existe nenhum estudo que prove que a homossexualidade é biologicamente determinada.

Décadas de pesquisa para descobrir o “gene gay” resultaram no nada. De fato, não é comum entre pesquisadores achar que genes determinam comportamentos. E pesquisas que correlacionam a anatomia cerebral e fisiologia com o comportamento homossexual não provam relação causal. Em outras palavras, mesmo que parte do cérebro homossexual seja diferente do cérebro heterossexual, isso pode sugerir que o comportamento alterou o cérebro, não necessariamente o contrário. Isso é possível dado a neuroplasticidade – a habilidade duradoura do cérebro de mudar em resposta ao ambiente, lesão cerebral, comportamento ou simplesmente pela aquisição de conhecimento. Um cego, por exemplo, usa seu dedo para ler braille e consequentemente tem uma morfologia cerebral diferente simplesmente porque seu comportamento difere das pessoas com visão.

O mais surpreendente é que isso é reconhecido pelas organizações e pesquisadores pró-gays. A Associação Psicológica Americana (APA), por exemplo, uma vez manteve a posição em 1998 que “existe considerável evidencia recente que sugere que a biologia, incluindo genética ou fatores hormonais inatos, exercem um papel na sexualidade da pessoa.” No entanto, uma década de pesquisa científica desacreditou essa ideia e levou a APA a revisar sua posição em 2009: “Apesar de muitas pesquisas terem examinado a possível influência genética, hormonal, social e cultural na orientação sexual, nenhum achado emergiu que permitisse aos cientistas concluir que a orientação sexual é determinada por qualquer fator ou fatores particulares”. Um grupo pró-gay como a APA somente revisaria sua posição se houvesse enorme evidência que necessitasse que tal posição fosse mudada.

Um segundo problema com a afirmação que a homossexualidade é biologicamente determinada é que mesmo que seja verdade, não provaria que o comportamento é moral. Considere pesquisadores que descobriram genes que acreditam contribuir para o alcoolismo, infidelidade e violência. Devemos acreditar então que, porque existe uma contribuição genética para esses comportamentos (ou mesmo que sejam geneticamente determinados) estes comportamentos devem ser considerados como moralmente apropriados? Claro que não. Portanto, provar que o comportamento homossexual é apropriado apelando-se para um determinante genético é igualmente falso.

Na verdade, encontrar uma causa genética para a homossexualidade preocupa muitos defensores dos direitos gays. Por que? Porque nem toda característica geneticamente induzida é normal ou saudável. Anormalidade no DNA de um indivíduo, seja por mutação ou adição/subtração de um cromossomo, leva a desordem genéticas como fibrose cística, síndrome de Down ou câncer. Se uma origem genética para o homossexualismo for descoberta, a próxima questão óbvia que se levanta é se isso é anormal, uma mutação ou representa o processo de uma doença.

Mais ainda, se uma causa pode ser identificada, também pode ser alvejada por uma terapia genética ou outro método para “cura” dessa condição. E poderemos ter também testes para detectar a homossexualidade ainda no útero que poderiam levar ao aborto de “fetos gays”. Como resultado, muitos pesquisadores pró-gays estão diminuindo suas tentativas para descobrir a causa biológica.

Um terceiro problema que emerge pela simples existência de uma comunidade de “ex-gays”. Se a homossexualidade é, como muitos defensores pró-gays afirmam, inevitável como a cor dos olhos, então como eles explicam os que deixaram de ser homossexuais? A cor dos olhos é genética, algo com o que alguém nasce e não pode mudar. Mas a orientação sexual é fluida, como evidenciado pelas mudanças de vida de milhares de homens e mulheres.

Existem mulheres que passam anos comprometidas em relações com outras mulheres e então mudam e ficam atraídas por homens. Existe também homens que são sexualmente atraídos por outros homens desde a puberdade, passam uma década em um relacionamento gay e então desenvolvem uma atração pelo sexo oposto. Muitas dessas pessoas passaram por alguma forma de terapia ou aconselhamento, mas alguns espontaneamente mudaram sem intervenção profissional.

O fato de apenas uma pessoa ter mudado é evidencia que a homossexualidade não é embutida. Mas a existência de milhares de indivíduos que mudaram é uma contra-evidencia significativa para a teoria do “nascido assim”. Eu conheço muitos deles. Não tem como todos estarem mentindo.

Parece que a resistência dos cristãos está certa. Os homossexuais não nascem assim. Mas agora que temos essa verdade com maior convicção, precisamos – mais do que nunca – alcançar com compaixão as pessoas que não nasceram dessa maneira.

Posted on Wednesday, November 23, 2011 by Maurilo e Vivian

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Tuesday, November 22, 2011

"Afirmações extraordinárias requerem evidências extraordinárias."



Muitos céticos abordam “as evidências” para o cristianismo com a mente fechada. Entravado por um número de pressuposições, eles tipicamente terminam onde começam: convencidos que Deus simplesmente jamais faria a si mesmo tão difícil de ser detectado. Muitos irão fundamentar suas posições com um desafio – já que as afirmações do cristianismo são tão “extraordinárias”, dizem, somente “evidências extraordinárias” seriam suficientes para persuadi-los

Pensando melhor, no entanto, deve-se perceber rapidamente que isso é uma maneira estranha – e auto-refutável – de fazer a tarefa de adquirir conhecimento. Estranho porque demonstra um desconhecimento sobre como evidências funcionam. Auto-refutável porque rever as evidências supostamente deveria ser feito de um jeito que alguém possa chegar à “verdade” sobre o que aconteceu e quando uma opção – um Deus criador – já é definido como “fora dos limites aceitáveis” desde o princípio, só existe um resultado que pode ser obtido. Isso pode trazer algum conforto para o ateu – sua opinião continua sem ser desafiada – mas é difícil descrever isso como uma busca significativa pela verdade.

Considere: "evidência" pode significar uma variedade de coisas, mas no que se relaciona com eventos históricos – o que, no final das contas é a base da crença cristã – se refere à existência de certos fatos que diretamente ou indiretamente tendem a provar que o evento em questão aconteceu. Seja a vida de Cristo – era ele real ou uma ficção? – sua morte – ela ocorreu na cruz? – e, acima de tudo, sua ressurreição física dos mortos, o processo de discernimento requer uma consideração de todas as evidências para determinar se alguém pode concluir com confiança que o evento de fato aconteceu. Consequentemente, ao abordar o peso e a persuasão da evidência, pode parecer que certas partes da evidência se alinham como provativas ou não provativas, relevantes ou irrelevantes, fortes ou fracas. Mas recusar a considerar as evidências a não ser que ela primeiramente atenda aos padrões de “extraordinário” reflete um preconceito contra algum dia se chegar à conclusão. Longe de ser uma posição racional, é na verdade um abandono da razão, pois a razão não impõe sobre si mesmo tal restrição artificial.

Essa demanda por evidências “extraordinárias” é, quando refletimos bem, também bastante irônica. O cristianismo é de fato baseado em evidências “extraordinárias”. É fora do “ordinário” e “excepcional” e “fora do lugar comum” que:

  • 66 livros escritos em mais de uma dúzia de séculos por uma variedade de autores não relacionados pudessem ser juntados em um todo coerente, um todo que nos conta uma mensagem primordial do homem, seu problema e a solução que Deus colocou em ação. Os livros do Velho Testamento prenunciam e predizem Cristo e os livros do Novo Testamento demonstram o cumprimento das profecias do Velho Testamento;
  • as preocupações e crenças de uma cultura separada de nós por milhares de anos ainda ressoam como relevante hoje e unem, através de uma sistema comum de crenças culturais ao redor de todo o globo e tem alcançado cada era desde a caminhada de Cristo na terra;
  • os primeiros seguidores estariam tão convencidos da veracidade dos acontecimentos que eles estavam dispostos a encarar a morte ao invés de negar aquilo que eles saberiam ser falso, se tivessem criado a história toda;
  • uma variedade de predições – centenas por alguns cálculos – poderiam se cumprir em uma pessoa histórica;
  • a arqueologia moderna repetidamente confirma muito do que está escrito nos textos;
  • itens de interesse científico relacionados com astronomia e física (por exemplo, veja os trabalhos de pesquisadores no site www.reasons.org, em inglês) parecem estar embutidos em livros como Jó;
  • a afirmação de milagres que foram testemunhados por um grande número de pessoas;
  • e provavelmente mais significativo, um homem que pregou uma mensagem radical de irmandade universal para um povo subjugado que estavam esperando um rei conquistador, mudou o mundo e ainda é considerado e – abraçado – como relevante hoje em dia.

Essa é apenas uma lista parcial. Na verdade, livros e ministérios inteiros foram devotados para defender essa causa. Enquanto o cético pode desafiar várias evidências em separado, é difícil contradizer tanto a quantidade quanto a qualidade das evidências nas quais os cristãos baseiam a sua fé.

Isso não quer dizer que o cristianismo não tem nada a ver com fé – tem sim. Como está escrito em Hebreus, "a fé é a segurança das coisas que se espera, a convicção das coisas que não se vê" (Hebreus 11:1-2) Ninguém viu o céu ou previu como a eternidade com Deus seria. A fé provê a segurança que aquilo que Jesus prometeu é verdade; podemos descansar confiantemente no conhecimento que coisas que não são vistas serão como prometidas. Mas nós não temos “fé cega” que ele um dia viveu ou que ele tem autoridade para cumprir aquilo que ele prometeu. O conhecimento é baseado nas evidências providenciadas por aqueles que testemunharam os eventos.

Esses homens e mulheres viveram em épocas extraordinárias e testemunharam coisas extraordinárias; infelizmente, muitos sofreram extraordinariamente por suas convicções. Mas o que eles deixaram para a posteridade, as evidências do que viram e ouviram e experimentara – sejam elas ou não no nível de “extraordinário” – foi certamente suficiente. E se mantém assim até hoje.

Posted on Tuesday, November 22, 2011 by Maurilo e Vivian

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Monday, November 21, 2011

segundas com termos da teologia hoje agostinho



Ascensão:



Quando Cristo concluiu seu ministério terreno, foi para a presença do Pai (Mc 16:19, Lc 24:51, At 1:9). Esse fato, conhecido como ascensão, é significativo por pelo menos três razões: 1) encerrou o ministério terreno e visível de Cristo e preparou o caminho para a vida prometida do Espírito Santo, que ministraria de forma invisível por intermédio da igreja; 2) elevou Cristo à destra do Pai, onde agora reina como Senhor do universo e atua como grande sumo sacerdote, intercedendo a favor do povo de Deus (Hb 7:24; 8:2), e 3) funciona como lembrete de que Cristo, na sua segunda vinda, aparecerá outra vez, de forma visível, nos céus (At. 1:1)

Fonte: Dicionário de Teologia, edição de bolso. Ed. Vida.

Posted on Monday, November 21, 2011 by Maurilo e Vivian

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Sunday, November 20, 2011


O Espaço Aberto a Ciência e Tecnologia conversa sobre evolucionismo e até a autodestruição da raça humana com um dos maiores especialistas do Museu de História Natural de Washington. Não perca, nesta segunda-feira (21), às 21h30.

Mais de 200 anos depois do nascimento de Darwin, o pai da teoria da evolução continua provocando discussões ferozes. No Espaço Aberto Ciência e Tecnologia desta semana, você vai ver que, em pleno século XXI, os criacionistas - aqueles que acreditam que todas as formas de vida foram criadas exclusivamente por Deus - estão cada vez mais fortes. Hoje, eles chegam a combater a ciência com argumentos científicos. Vamos conversar sobre evolucionismo e até a autodestruição da raça humana com um dos maiores especialistas do Museu de História Natural de Washington.
(...)

Fonte: Site Globo News

O programa acima irá ao ar amanhã (21 de Novembro) na Globo News. Eu estou curioso para ver a reportagem, apesar de imaginar mais ou menos o que virá. Provavelmente, irão chamar o criacionismo de pseudo-ciência, que não encontra revisão de suas premissas em revistas científicas e coisas do tipo. Também acho que não vão chamar um criacionista para apresentar sua posição, mas provavelmente um evolucionista. Mas enfim, já estamos acostumados com esse tipo de tratamento da mídia.
Mas o que me chamou a atenção foi o título da chamada, que já deixa bem claro duas coisas: os criacionistas são contrários à ciência e,para que algo possa ser considerado científico deve estar submisso à evolução darwiniana. Ou seja, o prumo para a empreitada científica é a própria evolução darwiniana e não o contrário.
Eu conheço vários criacionistas e nunca encontrei um único que diz que combate a ciência. Muito pelo contrário. Todos afirmam que não possuem problema nenhum com a ciência. O que eles combatem é a evolução darwiniana, que é uma teoria científica sobre a diversificação das espécies como as vemos hoje. Mais especificamente a neo-síntese darwiniana, que afirma que, através de mutações no DNA de seres primitivos que existiram milhões de anos atrás, atingimos toda a diversidade de vida que vemos no planeta.
É engraçado que esse comprometimento filosófico ao darwinismo demonstra um total desconhecimento sobre o que é ciência. A ciência está acima do darwinismo, não o contrário.
A teoria da evolução de Darwin, assim como toda e qualquer teoria sobre como as coisas aconteceram, deve ser testada e sabatinada. O método científico pode nos dizer se a teoria de Darwin é plausível ou não. Existem evidências para ela ou não? Ela pode ser testada, reproduzida em seus detalhes ou não? Ela pode ser observada? Ou ela é um ponto de partida para tentar explicar a si mesma? Quanto de raciocínio circular existe em tudo isso? Recomendo que o leitor pesquise sobre o método científico.
Mas tem muita gente que quer transformá-la em dogma, na teoria que não deve ser questionada ou testada. Ela deve ser aceita com fé cega. É a partir dela que todos determinamos aquilo que é ciência, aquilo que é científico. Ou seja, é uma determinação do que é ciência a partir de um dogma quase religioso.
Muita gente que tem debatido a teoria da neo-síntese darwiniana discorda de suas premissas baseado única e exclusivamente em questões científicas. A teoria de Darwin falha em explicar como a vida se originou na terra, falha em explicar como as primeiras mutações ocorreram, falha em explicar como essas mutações “decidiram” o que era benéfico ou não. Ou seja, dois pilares do darwinismo (abiogéneses e transição de formas mais simples para mais complicadas) simplesmente não foram comprovados ainda. Some-se ainda o fato que toda a vida, em seus menores detalhes parece projetada e que existe informação digital nas células, que pode ser lida, como um livro e a conclusão mais lógica e científica é que existe uma inteligência por trás de tudo isso.
É triste ver um canal de televisão, que diz fazer jornalismo sério, ser tão preconceituoso e partidário na hora de apresentar um tópico. Já esperamos isso. Mas eu acho que, a maneira mais respeitosa de apresentar o assunto seria dizer: “criacionistas combatem a teoria da evolução usando a ciência”. Mas aí já seria demais. Isso poderia mostrar que existe uma possibilidade da teoria evolucionista de Darwin não ser científica. Mesmo uma pequena possibilidade como essa não pode ser aceita. Não deve ser mencionada. Vai contra o dogma. Vai contra a crença. Coloca a fé evolucionista em dúvida. Podemos aceitar todas as conclusões, menos a que existe um Criador. Não, isso é demais. Isso é anti-cientifico.

Posted on Sunday, November 20, 2011 by Maurilo e Vivian

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Friday, November 18, 2011




Temos que parar de pregar "Jesus te ama e tem um maravilhoso plano para sua vida".
Temos que voltar a pregar isso:

Este Jesus, a quem vocês crucificaram, Deus o fez Senhor e Cristo;  buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto!  Pois ele diz: 

“Eu o ouvi no tempo favorável
e o socorri no dia da salvação”.


Digo-lhes que agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação!

Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo.  Pois a promessa é para vocês, para os seus filhos e para todos os que estão longe, para todos quantos o Senhor, o nosso Deus, chamar.

Atos 2:36; Isaías 55:6; 2 Corintios 6:2; Atos 2: 38 e 39

Posted on Friday, November 18, 2011 by Maurilo e Vivian

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Thursday, November 17, 2011


Castigar-te-ei em justa medida.
Jeremias 30.11

Sermos deixados sem correção seria fatal para nós. Comprovaria que o Senhor afirmou em Oséias 4.17: "Efraim está entregue aos ídolos; é deixá-lo". Deus permita que esta nunca seja a nossa situação! Prosperidade ininterrupta é algo que nos causa temor e tremor. Visto que Deus nos ama com ternura, Ele nos disciplina e repreende. Deus permite que prosperem sem temor aqueles pelos quais Ele não manifesta afeição. como touros para o matadouro. É por amor que nosso Pai celestial utiliza a vara em seus filhos.
Mas observe: a correção se realiza "em justa medida". Ele nos concede amor sem medida; porém, a disciplina Ele nos dá "em justa medida". Assim como na antiga aliança nenhum israelita poderia receber mais do que uma "quarentena de açoites menos um", o que assegurava uma contagem cuidadosa e um sofrimento limitado, assim também acontece com todos os membros aflitos da família da fé - cada chicotada é contada. Nossa disciplina é regulada pela medida da sabedoria, pela medida da simpatia e pela medida do amor. Longe de nós esteja o rebelar-se contra as determinações divinas. Ó Senhor, se estás medindo as gotas amargas e derramando-as em meu cálice, cumpre-me recebê-lo alegremente de tuas mãos e bebê-lo de acordo com tuas instruções, afirmando: "Faça-se a tua vontade" (Mt 26.42).

Charles H. Spurgeon

Posted on Thursday, November 17, 2011 by Maurilo e Vivian

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Wednesday, November 16, 2011

Posted on Wednesday, November 16, 2011 by Maurilo e Vivian

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"Quando eu comecei a minha carreira como cosmologista uns 20 anos atrás, eu era um ateu concencido. Eu nunca, nem mesmo nos meus sonhos mais loucos imaginei que um dia eu estaria escrevendo um livro que se propoe a mostrar que as afirmações centrais da teologia judaico-cristã são de fato verdade, que essas afirmações são deduções diretas das leis da física como agora as entendemos. Eu fui forçado para essa conclusão pela lógica inexorável do meu ramos específico da física.”

- Frank Tipler
The Physics of Immortality, Doubleday, New York, 1994, Prefácio.

Posted on Wednesday, November 16, 2011 by Maurilo e Vivian

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Tuesday, November 15, 2011

Proclamação da República Benedito Calixto


Nossa querida amiga Maya Felix escreveu um texto especialmente para o Pés Descalços Evangelismo sobre a Proclamação da República. Leia abaixo o texto especial e faça uma visita ao Blog da Maya.

A Proclamação da República no Brasil ocorreu em 15 de novembro de 1889 e representou o rompimento com uma ordem estabelecida, a da monarquia, e o estabelecimento de outra, fundada sobre o princípio federalista e republicano. O então imperador, Pedro II, perdeu seus poderes de dirigente da Nação, e foi instituído o regime presidencialista. No dia 15 de novembro, o Brasil lembrará a data em que o país mudou de sistema de governo. Quando proclamou a República, Deodoro da Fonseca destituiu o Imperador e assumiu a liderança do país. No dia da Proclamação foi instituído um governo provisório republicano.

Quando aceitamos Jesus em nossas vidas, há também uma mudança de direção em nossa existência. Concordamos em substituir o governo da carne e do mal pelo governo de Deus, e isso significa que o diabo perde poderes em nossas vidas para que Deus possa enfim conduzir nossa existência. Quando desejamos viver uma relação de amor com Deus, o criador do Universo, o poder das trevas é destituído de nossas vidas, e Jesus passa a ser nosso modelo e nosso líder. Ele também institui um novo governo, mas permanente e definitivo, e não provisório. Ocorre uma mudança de poder: não é mais o diabo e nosso próprio eu quem mandam em nós, mas o Espírito Santo.

A obra de Deus em cada um não ocorre segundo nossa vontade ou a opinião humana: só Deus conhece o íntimo do homem, e sabe como e quando as mudanças devem ocorrer. O ser humano não se torna perfeito após aceitar Jesus como Senhor e Salvador, visto que continua a ser carne, mas um novo tempo começa em sua vida, um novo governo rumo ao aperfeiçoamento e à cura. Os pecados, as faltas cometidas no passado não são mais debitados em nossa conta, mas na de Jesus Cristo, que pagou o preço na cruz.

Deixe Deus mudar a direção da sua vida!

Mayalu Felix

Posted on Tuesday, November 15, 2011 by Maurilo e Vivian

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Monday, November 14, 2011



"Eu quero conhecer a Cristo!" Filipenses 3:10

O cristianismo não é simplesmente um “sistema teológico” – mas uma pessoa.

Não é apenas uma redenção – mas um redentor.

Que grande diferença entre nos lançarmos em um sistema, mesmo que maravilhoso – e nos lançarmos para um Salvador afetuoso, amoroso e compassivo!

Que diferença entre um sistema de princípios divinos – e um coração palpitante que podemos nos achegar e sentir. . .
todo fardo aliviado,
toda pressão aliviada,
todo sofrimento suavizado!

É isso que o homem precisa. É isso que ele precisa, acima de todas as coisas, quando a hora da dor, a hora da morte se achegar. Óh, o que são os sistemas então, mesmo que maravilhosos – em comparação com a calma consciência que os braços do Amor Onipotente é colocado ao nosso redor!

Os sistemas teológicos não são nada mais do que uma pequena poeira na balança – a espuma, a poeira, a sobra, o ar!

"Com os ouvidos eu ouvira falar de ti; mas agora te vêem os meus olhos!" Jó 42:5

Frederick Whitfield, "Christ in the Word" 1869

Posted on Monday, November 14, 2011 by Maurilo e Vivian

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segundas com termos da teologia hoje agostinho



Arrebatamento:



Representa a crença de que a igreja será arrebatada (gr. harpazo, 1Ts 4:17) e unida a Cristo em sua segunda vinda. Um ponto de discordância entre os teólogos é o momento do arrebatamento, principalmente em relação ao período da grande tribulação associada aos fins dos tempos. As diferentes opiniões relacionadas ao tempo desses acontecimentos levaram às designações de pré-, meso e pós-tribulacionista, significando respectivamente a defesa do arrebatamento antes da tribulação, durante ela ou depois dela. Alguns teólogos vêem o arrebatamento como uma ilustração bíblica da igreja saudando a Cristo em seu regresso.

Fonte: Dicionário de Teologia, edição de bolso. Ed. Vida.

Posted on Monday, November 14, 2011 by Maurilo e Vivian

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Sunday, November 13, 2011


Duas frases que mostram o quanto Jesus é uma figura histórica importante. Indiscutivelmente.

"A morte de Jesus por crucificação sob Pôncio Pilatos é tão certo quanto qualquer outro evento histórico pode ser. Pois mesmo que nenhum discípulo de Jesus tivesse escrito sobre ele cem anos depois de sua crucificação, ainda saberíamos sobre ele por dois autores que não estavam entre seus apoiadores. Seus nomes são Flávio Josefo e Cornélio Tácito.”

- John Dominic Crossan
Jesus: A Revolutionary Biography, p. 145



“Não levou muito tempo para eu concluir que a verdade ou falsidade de todas as religiões do mundo – e o derradeiro significado da vida em si – resume-se a apenas uma única questão importante: Jesus retornou ou não retornou dos mortos? A resposta para essa questão fundamental resolve todo o resto.”

- Strobel, Lee
The Case for the Resurrection (Kindle Locations 59-61).

Posted on Sunday, November 13, 2011 by Maurilo e Vivian

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