Se a moralidade não está fundamentada em um padrão transcendente, um padrão que está acima de toda a humanidade, então ela colapsa para o relativismo. Esse conceito não é de forma alguma difícil de entender, mas relativismo mantém uma conotação tão negativa nos dias de hoje que os ateus, que negam um padrão objetivo transcendente para a moralidade, continuam melindrosos com essa palavra.
Jeffrey Dahmer, o assassino serial que ganhou notoriedade ao comer suas vítimas, entendia a conexão entre Deus e a moralidade muito bem. O pai de Dahmer reconta o raciocínio moral de seu filho em um documentário produzido em 1996: “Se tudo aconteceu naturalisticamente, qual a necessidade de Deus? Eu não posso criar minhas próprias regras? Quem é meu dono? Eu sou meu dono”.
Exatamente. Se Deus não existe, você não presta contas a ninguém . Você é o seu próprio dono e pode fazer consigo mesmo aquilo que o agradar.
Em uma entrevista em 1994, o próprio Dahmer explicou seu pensamento. Ele pensava que se não existe um Deus, e se todos viemos “da lama”, então “qual o propósito de tentarmos mudar nossas atitudes para que fiquem dentro de padrões aceitáveis?”
O fato que todos nós nos sentimos ultrajados com o comportamento de Dahmer em nada diminui o fato que o seu pensamento é certeiro. Ele encarnou a visão de mundo ateísta levada ao seu extremo. Você pode não gostar do que Dahmer fez, mas a não ser que você acredite em um padrão moral objetivo transcendente, ele não fez nada de errado a não ser agir de forma deselegante.