Profecia e Ressurreição por Shelby Cade

(Áudio em MP3 aqui em breve)

A.W. Tozer certa vez declarou: "O jardim abandonado em breve será superado pelas plantas daninhas; o coração que não cultivar a verdade e erradicar o erro será em breve um deserto teológico."1 Tozer reconheceu a importância da verdade, especialmente a verdade teológica. Que provas podem ser dadas para mostrar que o cristianismo é a religião que tem a verdade como a sua fundação?

Ao olhar para as reivindicações cristãs sobre a verdade em relação a outras religiões, as divisões são distinguidas através das evidências. A verdade, pela sua própria natureza, é exclusiva. A verdade pode ser definida como aquilo que corresponde à realidade ou o modo como as coisas realmente são. Se algo é verdadeiro, é irrelevante se uma pessoa acredita ou não. Todas as religiões podem ser criticadas - inclusive o cristianismo - para verificar qual delas corresponde à forma como as coisas realmente são. Que evidência existe para o cristianismo?

A evidência para a verdade cristã repousa sobre a profecia e a ressurreição. A primeira parte da evidência vem por meio da profecia. Jesus, o Nazareno, exclusivamente cumpriu as profecias que foram ditas centenas de anos antes sobre ele, até mesmo ao ponto de detalhar o tipo de morte que ele iria receber (Salmo 22, Isaías 53). De acordo com Norm Geisler, o Antigo Testamento registra 191 profecias messiânicas.2 Peter Stoner calculou a probabilidade de apenas oito profecias se cumprirem, como uma chance em dez elevado a 1017 potência. Uma analogia para isso seria como se cobríssemos todo o estado do Texas com moedas de dólares até dois metros de altura e marcássemos um dólar de vermelho para um indivíduo o identificar, com os olhos vendados, na primeira tentativa.3 As evidências proféticas mostram grande apoio ao fato que Jesus era o Messias esperado, mas e em relação a evidência da ressurreição?

Talvez a maior afirmação sobre verdade no contexto do Cristianismo seja a ressurreição corporal de Jesus. O cristianismo vive ou morre com base na ressurreição de Jesus. Paulo declara em seu primeiro livro aos Coríntios: "Se Cristo não ressuscitou ... somos também considerados como falsas testemunhas." (1 Coríntios. 15:14-15). Paulo afirma que a ressurreição de Jesus ou verifica a verdade do cristianismo ou não. Se Jesus se levantou corporalmente dentre os mortos, então a melhor explicação é que o cristianismo é verdade. Há provas para verificar a ressurreição?

Sendo que ninguém presenciou o evento da ressurreição, a prova fica a cargo daqueles que afirmaram terem visto Jesus ressuscitado, mas como essas afirmações são confiáveis? Primeiro, há várias confirmações para a ressurreição, uma das mais importantes dada pelo apóstolo Paulo. Confirmações múltiplas ajudam a mostrar por que as pessoas que viram Jesus não estava tendo alucinações ou uma visão. As alucinações são sempre individuais, não uma experiência de grupo.4 Paulo, escrevendo aos Coríntios, afirma que Jesus apareceu a mais de 500 pessoas ao mesmo tempo (1 Coríntios 15:6). Esta carta aos Coríntios foi escrita quando as pessoas nos dias de Paulo poderiam facilmente ter apresentado explicações contestadoras, mas nenhuma foi dada. Também digno de nota é a concordância quase universal dos estudiosos que 1 Coríntios 15, especialmente os 8 primeiros versos, é uma passagem em forma de credo a respeito da ressurreição, que remonta à própria ressurreição. Jack Kent, um cético da ressurreição corporal, disse sobre passagem de 1 Coríntios 15 que "poderia ser datada muito perto da ressurreição."5 Em outras palavras, a história da ressurreição não é uma invenção tardia.

Que outra evidência existe para validar a história da ressurreição? De acordo com os quatro escritores dos evangelhos, as primeiras aparições de Jesus foram para mulheres. No primeiro século, os depoimentos das mulheres eram considerados inválidos, então por que os autores incluiriam este ponto, se eles estavam simplesmente tentando inventar um mito?

Outra evidência é o lugar em que ocorreu a ressurreição: em Jerusalém. Jerusalém era o centro do judaísmo. Os judeus tinham condenado Jesus com veemência por ele alegar que era igual a Deus (Mateus 26:63-66, João 19:7). Se o cristianismo foi forjado, deveríamos esperar ver esse novo grupo começar em qualquer lugar, mas não em Jerusalém. Saber o tipo de perseguição que se seguiria ao afirmar que Jesus era o Messias do judaísmo ressuscitado é apenas mais um fragmento de evidência para apontar para a veracidade do cristianismo.

A peça final de evidência se centra nos próprios discípulos. Eles acreditavam que tinham encontrado fisicamente o Jesus ressuscitado (Lucas 24:36-43, Gálatas 1:11-12). Eles mudaram de homens com medo para indivíduos que estavam dispostos a morrer por causa desse encontro (João 20:19). Não existiam outras histórias para dar outras explicações para o aparecimento de Jesus como o Messias ressuscitado durante o primeiro século.

Em resumo, o corpo de Jesus estava faltando da tumba bem conhecida. Os judeus alegaram que o corpo foi roubado, apenas confirmando que o corpo havia desaparecido. Mulheres e uma infinidade de outros viram Jesus vivo. A comunidade cristã nasceu no ambiente mais hostil que se possa imaginar, mas isso não freou os seguidores que tinham visto Jesus ressuscitado. A história da ressurreição é antiga e a extensão de dicas de evidências para a veracidade do cristianismo.

Séculos mais tarde, outras teorias foram desenvolvidas para explicar o túmulo vazio e a ressurreição de Jesus, como a teoria do desmaio, a teoria do túmulo errado, a teoria da história lendária, a teoria da alucinação e assim por diante. O fato é que essas explicações apareceram mais tarde e podem ser descartadas como falsas por não coincidirem com a realidade. Apenas uma história tem resistido ao teste do tempo em alinhamento com as evidências. A história que coloca as peças da verdade juntas é que Jesus ressuscitou dos mortos. Por fim, o cristianismo é verdadeiro baseado na ressurreição corporal de Jesus.


1 http://www.sermonillustrations.com/az/t/truth.htm, acessado em 14 de janeiro 2010
2 Geisler, Norm, Enciclopédia de Apologética Cristã, p. 610
4 Collins, Gary citado por Lee Strobel, Em Defesa de Cristo, p. 238
5 Kent, Jack, The Psychological Origins of the Resurrection Myth (As Origens Psicológicas do Mito da Ressurreição), p. 16-17